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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Preços rebeldes

Metas esquecidas
O IGP-M registrou  inflação de 0,70% logo na primeira prévia de maio; ou seja, 0,15 ponto percentual maior do que a do mesmo período do mês anterior.
O Índice de Preços ao Consumidor da FIPE registrou desaceleração na primeira quadrisemana de maio. O indicador mostra aumento de 0,64% dos preços. No fechamento de abril, o índice marcou 0,70% de aumento.
Isso significa que a inflação está retrocedendo lentamente, mas continua viva e dará trabalho por um bom tempo às nossas autoridades econômicas.
Os salários continuam a  crescer mais rapidamente que os aumentos de produtividade do sistema econômico. Essa é a razão definitiva para explicar o aquecimento econômico.
Como elementos contribuintes, que dão consistência e vigor às pressões inflacionárias, remanescem os afastamentos anteriores das metas fiscais e as altas internacionais dos preços das commodities que são repassadas aos preços nacionais. Chegando aos preços, chegam aos nossos consumidores, agora subtraídos do poder aquisitivo dos ganhos havidos em passado recente.
Os compromissos fiscais precisam ser aprofundados, o crescimento dos rendimentos precisam ser contidos, créditos precisam ser contingenciados, juros precisam subir muito mais que 0,25%. A estabilidade monetária não é tema político. Antes, é questão de justiça social.

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