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sábado, 28 de outubro de 2017

Inovações para as inovações

O que era moda está virando tendência
No mundo das fintechs, as aceleradoras podem abreviar o caminho para o sucesso dos empreendedores. Oferecem um serviço muito completo de apoio às idéias, com mentoring, cursos de gestão, acesso às oportunidades para obtenção de crédito ou de investimentos. Sem dúvida, cumprem um papel relevante neste universo repleto de riscos e de fracassos.
Mais recentemente, grandes empresas criaram novas iniciativas de aproximação com essas startups, oferecendo amplos ambientes físicos, cuidadosamente preparados para abrigar os que querem empreender. São salas por onde se espalham poltronas mesas cadeiras, sofás e toda a infraestrutura para incentivar o convívio dessas pessoas e o compartilhamento de suas ideias. Acreditam que ambientes como esses serão importantes para ampliar a atividade criativa. Ideias compartilhadas podem alavancar o processo criativo e produzir resultados melhores e mais abundantes. Estações de trabalhos individuais, mesas compartilhadas, salas de reunião, além de várias opções de entretenimento, como televisões, fliperamas, mesas para jogos de tênis de mesa, sinuca e outros objetos voltados a diversão já estão presentes nessas iniciativas.
De fato, as relações entre empresas e startups já superaram o plano concorrencial. As empresas passam a ver esses novos negócios como parceiros no desenvolvimento de processos inovadores. Admitem uma clara relação de complementariedade, ajudando as empresas tradicionais a buscar novas formas de acesso a seus clientes ou prospects, dando novos formatos a suas operações logísticas, bem como promovendo novos papéis e funções para seus canais de distribuição.

Internet das Coisas

Transformação ou revolução digital
O objetivo associado à internet das Coisas (IoT) parece ser o de  conseguir a melhor performance ou a maior produtividade possível. Até agora, as aplicações dessa tecnologia estão dirigidas para conectar, à web, dispositivos eletrônicos utilizados no dia a dia das pessoas e das empresas. Logo vem à cabeça os exemplos das geladeiras, dos microondas, dos veículos (motorizados ou não). Mas o mercado é bem maior.
O governo brasileiro já deu início à criação do Plano nacional de Internet das Coisas, evidenciando que seu potencial econômico pode atingir até 250 bilhões de dólares, em 2025. Segundo as fontes oficiais, o plano deve ser lançado até o final de 2017, contemplando, em especial, alguns setores tais como, os de saúde, agronegócios e o de administração de cidades inteligentes.
Não vai ser fácil. E a razão é simples. Um plano como esse fica na dependência de capital humano, de investimentos altíssimos em infraestrutura de conectividade, de segurança e privacidade, além da criação de um complexo arcabouço regulatório.
Trata-se de uma transformação (mais do que isso, uma revolução) digital que se encontrará com essa barreiras. Dinheiro não é o maior problema, afinal temos o BNDES a disponibilizar, entre suas linhas de créditos, dinheiro para inovação e tecnologia. Capitais privados gostam também de assumir esses riscos, ainda que exijam retornos elevados como contrapartida.
Os maiores entusiastas são os fornecedores de tecnologia. Vislumbram aplicações em todo o setor industrial, no varejo e no agronegócio. Já há muitas iniciativas bem sucedidas: sensoriamento de câmaras frias em lojas, leitura automática em tempo real de produtos de lojas, coleta de informações nas filiais para reposição imediata e, na agropecuária, nas operações de plantio, adubação e pulverização.
É de abismar o tamanho desse mercado, sobretudo para desenvolvimento de novas startups.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Para quem mora no exterior

Ofertas de franquias para o exterior
A Sodiê Doces, empresa franqueadora para bolos e, agora, para salgados, cogita expandir suas atividade para Miami e Orlando. Estejam atentos. O negócio é promissor.
No próspero segmento de Açaí processado, a Food Brasil, projetou fábrica  em Poços de Caldas (MG) para ampliar sua capacidade produtiva e já pensa em atuar no exterior. Igualmente, a Nutty Bavarian, com suas nozes glaceadas, e outros produtos, também estuda franquear  seus negócios para os Estados unidos e Europa, incluindo Espanha, Portugal.
Esses negócios, de administração relativamente simples, podem ser oportunidades de ampliação de renda familiar em cada um desses países, até porque permitirá que pelo menos uma pessoa a mais da família possa contribuir para a renda domiciliar.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Ativos problemáticos

Para o Banco Central, o problema não é mais a inadimplência. Mas os ativos problemáticos.
O Valor Econômico acaba de produzir uma matéria sobre isso. A inadimplência cresceu, nos últimos dois anos, de 3,04% para 3,75%. Nas carteira dos bancos, os ativos problemáticos cresceram a uma velocidade maior: de 5,83, em junho de 2015, passou para 8,11 %, no final do primeiro semestre de 2016.
Os ativos problemáticos são  representados pelo volume de atrasos maior que 90 dias e pelas operações que foram reestruturadas ou que tiveram piora na classificação contábil dos bancos. O maior responsável por esse rápido avanço foi o crescimento das operações de reestruturação das dívidas, puxadas sobretudo pelas grande empresas.
Esse indicador  mostra o estado das empresas que operam no país. Pior, os spreads altíssimos não contribuem para a solução do problema. Ao contrário, agravam a situação e, pior, dificilmente o Banco Central agirá para reduzi-los. O grau de concentração da indústria financeira já não permite soluções negociadas. O setor financeiro tem se apropriado da riqueza nacional há muito tempo, agravando as desigualdades e empobrecendo os agentes econômicos.
Isso não vai acabar bem.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Economia criativa em crescimento

Crescendo consistentemente, economia criativa atrai empreendedores
A economia criativa, segundo pesquisa da FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), em 2015 correspondia a 2,6% do PIB nacional, com um crescimento real de 10%, em dez anos. Entretanto,  especialistas entendem ser necessário que esses empreendedores sejam treinados em conhecimentos de gestão empresarial e, em particular, em marketing e branding. Afinal, a busca por mercado será sempre um desafio para essas empresas.
Faltam também recursos financeiros para dar suporte a boas ideias. O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criou linhas de longo prazo para os empreendimenos de menor porte, para dar apoio a essas iniciativas voltadas ao desenvolvimento de empresas criativas. Um prato cheio para investimentos em design, publicidade, arquitetura, mídia editorial, mídia audiovisual, tecnologia da informação, biotecnologia, tecnologia da informação, patrimônio, artes, música e demais expressões culturais.
Apenas lembrando aos que recorrerem ao BNDES: vocês terão que pagar tudo o que emprestaram. Portanto, o segredo está em gerir muito bem esses negócios.

Catalunha perde a força para o racha

Algumas decisões empresariais foram esquecidas pelos separatistas
O movimento começou forte. Em poucos dias, as manifestações contrárias começaram a aparecer. Milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o movimento separatista.
Já temos dois bancos que resolveram mudar sua sede, deixando o território Catalão. Há dez dias atrás a Sabadell também deixou a Catalunha. Na esteira dessas decisões outras empresas já mostram intenções semelhantes.
É bom lembrar que, tradicionalmente, instabilidades e turbulências no plano político não combinam com vida econômica. A riqueza pode mudar de lugar.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Grandes presionam inadimplência

No universo das pessoas jurídicas, o problema está nas empresas de maior porte

As empresas de grande porte são as que apresentam as maiores dificuldades. São empresas que, de alguma forma, estão associadas às operações que apuram corrupções e outras mazelas, como a Lava-Jato. Produzem alta volatilidade nos índices de inadimplência e isso porque são casos muito grandes que comprometem o desempenho de todo o sistema financeiro.
No mês abril, a taxa de inadimplência das pessoas jurídicas nas operações com recursos livres saltou de 5,6% para 6% em maio, e esse movimento ainda não se estabilizou.
Se há um indicador negativo na economia nesse instante, esse indicador é o de atraso de pagamentos nas grandes corporações. O volume de crédito continua baixo e os spreads permanecem excessivamente elevados.
Portanto, para os que alardeiam a recuperação econômica do país, convém lembrar que  o mercado de trabalho ainda está muito fraco, o endividamento das famílias muito grande e as incertezas políticas se constituem em obstáculos quase irremovíveis às reformas estruturais. Nesse momento, apenas reformas profundas levariam o país à retomada de seu crescimento.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

É hora de reconstrução

Depois da decisão, o crescimento será possível
A reconstrução do crescimento é aproxima tarefa em que todos deverão pensar após o desfecho do destino da Presidência da República. A tarefa não será fácil e envolverá todos avanços institucionais já discutidos à exaustão e que pedem, sobretudo, reformas estruturais.
No plano das políticas microeconômicas, urge reduzir ainda mais fortemente a taxa básica de juros da economia nacional e estimular a oferta de crédito às instituições produtoras. Elas estão ávidas por capital de giro, sempre que os custos desse dinheiro sejam claramente aproximados das taxas internacionais. Também parece indispensável retomar os programas de privatização, envolvendo toda a obsoleta infraestrutura nacional, convocando o capital estrangeiro para esse empreendimento  modernizador.
Talvez essas ações, por si só, reúnam as condições necessárias e suficientes para um novo ciclo econômico no Brasil.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

O roto e o rasgado

No comércio internacional, o livre comércio ainda vive de seu discurso
A União Europeia é o primeiro parceiro comercial de origem das importações do Brasil e o segundo mercado de exportações para produtos e serviços brasileiros. Tem criticado muito a política protecionista de Trump, esquecida de sua política agrícola. Um exemplo tosco do "roto falando do rasgado".
À beira de fechar o tão esperado acordo bi-regional, ela mantém sua elevada proteção a produtos como carne, lácteos, açúcar e etanol, para não dizer de sua ambígua e subsidiada política, criada para a  proteção de sua agricultura.
A tarifa média praticada para produtos agrícolas atinge 14,1%, o triplo daquela praticada para produtos industriais. Registre-se a existência de poucos, mais escandalosos, picos tarifários, na casa dos 700%, acrescidos de 124 cotas tarifárias, impeditivas da entrada produtos agrícolas.
De forma, inconsistente com sua conduta comercial, critica o governo Trump, mas mantem um comércio claramente administrado quando se fala em produtos rurais.

sábado, 24 de junho de 2017

Não precisava acontecer

Tudo começou com a operação carne fraca 
O aparecimento de abscessos na carne "in natura" exportada do Brasil para os Estados Unidos é a prova mais cabal de que o gado brasileiro é vacinado e, portanto, livre de doenças que pudessem prejudicar a saúde humana.
A vacinação pode sim causar esses abscessos em função das práticas utilizadas durante a aplicação das vacinas. O fato é que essas pequenas lesões são desprovidas de consequências para o consumo e atestam o procedimento preventivo. Apenas a aparência da carne é que padece de sua beleza bruta e natural.
A suspensão da importação norte-americana parece estar relacionada a uma conduta mais geral, alinhada à perspectiva econômica do presidente Trump, que claramente quer proteger o país de importações de seus concorrentes. O protecionismo, nesse caso, busca proteger produtores e industriais de carne bovina, garantindo um maior nível de emprego no país e o crescimento da renda de sua população.
Sem entrar em discussões teóricas, a opção pelo protecionismo é, no médio prazo, autofágica. Punirá o consumidor americano com futuras altas de preço do produto.
Para o Brasil, entretanto, a proibição pode, sem dúvida, servir como pretexto para medidas similares a serem tomadas por outros países e, dessa forma, traduzir-se em novas perdas de share no mercado internacional. Os prejuízos para pecuária terão repercussões imediatas por toda a cadeia de produção, derrubando os preços internos e desestimulando investimentos na expansão e no aperfeiçoamento do criatório nacional.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Para onde vai o trabalho nas organizações atuais

Reciclar nossas habilidades
 não será uma tarefa fácil
As empresas com operação no Brasil, segundo pesquisa realizada pela Capgemini, têm acelerado a adoção do conceito de transformação digital, de maneira rápida e intensa. Segundo essa pesquisa, o movimento tem sido estimulado pelo maior poder do consumidor conectado e pelo agravamento das condições concorrenciais, sobretudo em relação aos novos modelos de negócios que estão sendo criados a cada momento. Seus criadores, chamados pelo sugestivo nome de "competidores nativos digitais", são organizações como o Google, Apple, Facebook, Amazon, Uber, Airbnb, Neteflix, bancos digitais e também os novos aplicativos.
Das empresas pesquisadas pela Capgemini, quase metade investe em transformação digital e, de modo geral, sua principal utilização está destinada a entender melhor os clientes das empresas. Todos os canais eletrônicos são utilizados, incluindo os dispositivos móveis. Os dados disponíveis para as empresas dobram a cada 2 anos, em função da mobilidade com as mídias sociais e da sensorização do mundo físico
Estima-se que aproximadamente 80% dos dados sejam não estruturados, isto é, estão acessíveis por meio de textos, vídeos e áudio.
A análise desses dados pressupõe o uso da inteligência artificial aplicada a grandes big data.
Talvez essa seja a melhor dica para entendermos o que deve condicionar o sucesso da carreira dos novos profissionais. Ou, dos mais velhos, que tem nessa pesquisa uma boa pista para atualização de suas habilidades.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Primeiro a Alemanha, depois a Espanha e, em seguida Portugal

Agora é a vez da França
Enquanto o Brasil vive a às voltas com sua recessão crônica e com problemas políticos sérios para aprovar suas reformas trabalhista, tributária e previdenciária, na Europa, a França parece mostrar fôlego para resolver os mesmos problemas de maneira mais rápida.
Com uma crescente população em idade economicamente ativa e com produtividade elevada, a França acaba de eleger um legislativo de maioria liberal, disposta a dar apoio às medidas reformista de Macron, destravando os investimentos em sua economia e dando novo impulso ao crescimento econômico e à redução do desemprego. Portugal e Espanha, tidos anos atrás como os maiores riscos na periferia da União Europeia, crescem a taxas surpreendentes. A Alemanha continua a exibir sua saúde econômica, enquanto o Reino Unido patina nas suas ideias separatistas, com sua moeda em baixa no mercado internacional. Bancos deixam Londres à busca de Frankfurt. Paris será uma opção interessante para as instituições financeiras, se Macron andar rápido no plano tributário e trabalhista.
O Brasil, exportador de matérias primas, tem perdido participação em vários mercados globais e, se não superar a crise política em que se vê metido, não conseguirá por fim à longa recessão que experimenta nos últimos anos e, nem mesmo reduzir os níveis de desemprego e de insegurança que enfraquecem o mercado nacional.


segunda-feira, 19 de junho de 2017

A próxima safra americana pode ser decepcionante

Reduzindo o nível de especulação com as commodities agrícolas.
A próxima safra agrícola já se encontra plantada nos Estados Unidos.  Algumas culturas tiveram que ser replantadas por excesso de chuva. Outras sofreram com o calor excessivo e o tempo seco que se sucedeu. Tudo isso já aconteceu e faz parte do passado. Agora é acompanhar o regimes de chuvas durante o período de adubação em cobertura e depois no momento em que as culturas devem granar.
O primeiro balanço dessa safra deixa claro que o trigo apresenta condições sofríveis e, portanto, a tendência do preço será de alta para o próximo mês.
Igualmente as culturas de milho se apresentam em condições apenas regulares, sinalizando para alta de seus preços nos mercados internacionais. Por outro lado, é preciso notar que a demanda pelo cereal está firme, o que tende a reforçar a tendência altista.
A soja também não vai bem nos Estados Unidos e os preços do grão continuam a crescer nos mercados futuros.
Por fim, o algodão, no sentido oposto, vai muito bem. O plantio e a evolução da cultura prometem uma safra alentada e os preços tendem, a cair em Chicago.
Tudo tem parecido muito bom para o Brasil. Se essa situação se confirmar, a China, para garantir o aprovisionamento de proteína vegetal, começará a aportar seus graneleiros no norte do país, já no mês de março. Os chineses temem pelo desabastecimento de grãos. Então, os preços internos terão espaço para subir e recuperar a lucratividade da safra de 2016/2017. O plantio brasileiro se inicia logo que o que o inverno acabe, com as primeiras chuvas da primavera. Nesse momento, teremos condições de fazer previsões precisas sobre preços e quantidades. Mas, as perspectivas são muito boas.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Investidores são homens de fé

Nada, de fato, faz o investidor perder a confiança no Brasil
A crise política é imensa. A crise econômica não é menor. Mas os investidores estão entusiasmados. Só nessa semana, ainda que muito curta devido ao feriado de quinta-feira, tivemos as seguintes notícias:
1)- A CMA GCM, companhia de navegação de capital francês, divulgou a conclusão do acordo para aquisição da Mercosul Line, empresa de cabotagem (navegação entre portos do mesmo país) pertencente a Maersk Line.
2)- A Maersk havia comprado a alemã Hamburg Sud, dona da Aliança que, por sua vez, é líder no tráfego marítimo doméstico brasileiro. Temia uma ação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica do Brasil que, provavelmente apontaria para concentração no mercado de cabotagem.
3)- A empesa norte-americana AGCO, empresa que detém a marca Massey Ferguson, e uma das grandes produtoras mundiais de máquinas agrícolas, está concluindo a aquisição milionária da Kepler Weber, tradicional produtora de silos e equipamentos para armazenagem de grãos. Esse negócio estaria na casa dos US$ 200 milhões.
4)- O banco espanhol Santander avalia a compra do brasileiro Banco Original. O Original tem forte atuação no agronegócio, área de interesse estratégico do Santander.
5)- Também já circulam rumores sobre a venda da Vigor. As maiores interessadas seriam as francesas Danone e Lactalis.  O processo de venda estaria em estágio inicial. Haveria ainda duas outras interessadas, uma mexicana, outra suíça.
Os investidores estrangeiros demonstram um grande interesse em ativos brasileiros, sobretudo para os chamados investimentos externos diretos. Nada abala a fé desses homens. Eles querem frequentar o mercado nacional porque esperam dele uma boa rentabilidade.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Vendemos commodities. Compramos manufaturados.

Toneladas por quilos
O comércio com a china, de janeiro até maio, desse ano, apresentou números interessantes:
A corrente comercial sino-brasileira alcançou a ordem dos US$ 32 bilhões. Um crescimento de quase 30% em relação a igual período de 2016.
Nas exportações o Brasil cresceu cerca de 40%, atingindo US$ 22 bilhões, se comparado ao mesmo período de 2016.
Nas importações da China houve aumento de 10%, nos 5 primeiros meses de um ano para outro. As importações totalizaram US$ 10 bilhões.
As exportações brasileiras são representadas na sua imensa maioria por commodities: soja, minério de ferro e petróleo. No sentido contrario, o valor das importações envolve basicamente aparelhos elétricos e suas partes (US$ 3,4 bilhões), compras de instrumentos mecânicos (US$ 1,5 bilhão). São produtos manufaturados chineses chegando ao Brasil.
Os termos de troca parecem sofrer de deterioração continuada. A qualidade do comércio com a China não entusiasma.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Nos bastidores da diplomacia, o acordo é tido como certo

Ganham força os rumores sobre a assinatura do acordo entre União Europeia e Mercosul.
Em relação ao acordo comercial UE - Mercosul, o que há de mais concreto até agora, para o Brasil, são as declarações da Chanceler Angela Merkel. As manifestações de outros países da UE são raras e difusas.
Os alemães deixaram muito claro seus maiores interesses em relação ao Brasil. Eles estão centrados em um bom número de itens:
ü Direitos de propriedade intelectual e aumento da segurança jurídica para investimentos de empresários alemães no Brasil;
ü  Agricultura, envolvendo principalmente soja, fertilizantes e outros insumos;
ü  Meio ambiente, com preservação da biodiversidade, redução a zero dos desmatamentos e descarbonização da agricultura
ü  Venda de tecnologia às empresas pequenas e médias brasileiras
ü  Terras raras, reduzindo à dependência do fornecimento chinês;
ü  Investimentos em infraestrutura (portos e aeroportos);
ü  Fim da dupla tributação nos fretes aéreos e marítimos
O Brasil teria muito a ganhar nisso tudo. Analisando a pauta desses interesses, a complementariedade econômica é notória. Justifica o otimismo reinante nos bastidores

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Cinco anos de Código Florestal

O Código Florestal: uma iniciativa indispensável
O Código é uma das melhores iniciativas para reconciliar a expansão da agropecuária, e de sua produtividade, com a conservação ambiental. Nele, foram criadas alternativas de revegetação, restauração e compensação, de modo a tender todas as expectativas dos agropecuaristas e permitindo a regularização por meio de Programas de Regularização Ambiental. 
O CAR (cadastro Ambiental Rural) será a grande métrica para aferir os avanços de toda essa iniciativa e espera-se que, a partir de 2018 todos os produtores tenham sua propriedade absolutamente diagnosticada em seus usos e vocações, estimulando os ajustes requeridos pelas boas práticas do setor.
O CAR aponta a existência de um déficit de vegetações nativas de 166 milhões de hectares. Mostra também um passivo de 5,8 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente e outros 14,9 milhões de hectares  em Reserva Legal.
Os impactos desses ajuste não serão desprezíveis. As cadeias agropecuárias terão de  buscar fundos para isso. Precisaram buscar formas de monetizar as áreas destinadas a propósitos ambientais. A sociedade como um todo, envolvendo nisso todas as nações, deverá entender o importante papel que que terão no fornecimento do funding exigido pela implantação e sustentação de operação dessa magnitude. Afinal, a sociedade é uma das maiores beneficiárias dessa política ambiental. Por outro lado, os conglomerados urbanos abrigam as maiores fontes poluidoras do planeta. Deles esperam-se medidas mais severas de preservação e de recuperação, que venham a se somar aos esforços que o campo deverá fazer nos próximos anos.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Parem o mundo. Eu quero descer.

O mundo não quer parar.Você não vai descer.
Veja como ele caminha:
1)- A inflação na Zona do Euro, medida em relação ao consumidor final, caiu de 1,9% em abril para 1,4% em maio.
2)- A Índia reduziu o ritmo de sua atividade econômica. No primeiro trimestre desse ano o crescimento de seu PIB foi de 6,1%, contra 7,0% no mesmo período do ano passado.
3)- Na Argentina, Magri havia prometido inflação de 10% para 2017. As consultorias econômicas estimam que a inflação estará entre 22% e 25% para esse ano. Em 2016, a inflação superou os 40%.
4)- O milho subiu ontem em Chicago. Agora o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos começa a se desmentir. Foi elegante ao se desdizer, afirmando que a alta decorre da qualidade do milho plantado.
5)- A desaceleração do crescimento chinês faz o minério de ferro voltar a cair. O preço dessa quarta-feirada ficou em US$ 57,02/ tonelada.
6)- O barril de petróleo também está em baixa. Ontem o barril do Brent fechou a US$ 50,31, em Londres. A OPEP não está conseguindo manter os preços, mesmo depois de ter prorrogado o acordo que limita a produção, até março de 2018.
7)- No Brasil a taxa Selic está em 10,25% depois da reunião do Copom, feita ontem. Foi uma queda de mais 1,0%.
8)- Nos Estados Unidos a inflação permanece abaixo da meta. O Fed fica sem suporte para subir novamente os juros internos.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Sem horizontes

Os Estados Unidos não participarão dos problemas mundiais?
O encontro anual dos líderes dos sete países mais industrializados do mundo mostrou que a liderança mundial norte americana está agonizando. Não houve evolução nos assuntos referentes ao clima. A única preocupação compartilhada por todos, inclusive pelo presidente Trump, diz respeito ao terrorismo. Em termos de política econômica, os resultados foram desastrosos e não se desenhou qualquer agenda para temas relevantes, como por exemplo, o livre comércio.
Em relação à imigração, cada país vai poder decidir quantos imigrantes deseja acolher e quando, podendo fechar as fronteiras, se necessário. A necessidade dos italianos de dividir com os outros países os milhares de refugiados que chegam às ilhas sicilianas, foi ignorada. A ausência dos Estados Unidos em temas importantes para o futuro da economia mundial foi a nota triste do evento. Essa ausência significa a renúncia de Tump à liderança mundial. Seu pedido para que todos deixem de exportar para o país foi patética e melancólica. Pobre homem.

sábado, 27 de maio de 2017

Das galinha e das raposas.

As grandes empresas querem aprender os segredos das startups
De modo geral, os esforços inovadores em empresas de grande porte não estão sendo tão bem-sucedidos quanto elas desejariam. Os resultados financeiros são parcos e deixam insatisfeitos os gestores e seus acionistas.
Para resolver esse problema, as companhias de maior porte estão criando os chamados “espaços coletivos” de inovação aberta, bem como formas de aceleração dessas iniciativas.
Convidam as startups para participarem de projetos conjuntos de desenvolvimentos de produtos e serviços.
O objetivo declarado é o de levar para dentro das empresas os ambientes existentes nessas pequenas unidades inovadoras, produzindo internamente a um clima receptivo às novas ideias e estimulando a criatividade de seus colaboradores. Esperam que com isso aperfeiçoem os resultados dos esforços de inovação. A introjeção desses conhecimentos deve garantir, no longo prazo, a competitividade da empresa e, portanto, a sobrevivência do negócio.
Para tornar a proposta atraente, as companhias oferecem apoio em forma de consultoria externa, mentoria com profissionais experientes, podendo chegar à discussão sobre modelos de negócios e treinamentos em gestão. No pacote estão incluídos contratos com fornecedores e a participação percentual na startup. De fato, o negócio criado e a inovação alcançados acabam nas mãos das grandes companhias.
Ela se apropria do negócio, aprende a desenvolver outros tão criativos, contra a participação minoritária do criador. Parece que puseram a raposa para cuidar das galinhas.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Um mundo mais beligerante

O comércio internacional de armas cresce, em um mundo mais conflitivo
O Instituto Internacional de Pesquisa pela Paz, de Estocolmo, informou que o fluxo de armamentos para a Ásia, Oceania e Oriente Médio aumentou nos últimos cinco anos.
Os maiores exportadores de armas são os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Alemanha. Sozinhos representam 74% do volume total de vendas de armas.
As importações de armas pelos países da Ásia e da Oceania aumentaram 7,7%, desde 2007 até 2016.
A Índia é o maior importador mundial de armas, com 13% do total. Um destaque é o Vietnã, que passou do 29° para o 10° lugar, com aumento de 202%. O relatório revela ainda que as transferências de armamento pesado entre 2012 e 2016 atingiram o maior volume desde o fim da Guerra Fria.
No Oriente Médio, as importações de armas cresceram 86%, o equivalente a 29% do total mundial. Os países que mais adquiriram armamento na região foram a Arábia Saudita e o Catar, com aumento de 212% e 245%, respectivamente.
Nos últimos cinco anos, a maior parte dos estados do Oriente Médio busca, com as importações da Europa e dos Estados Unidos, acelerar sua capacidade militar.
Apesar da diminuição do preço do barril do petróleo, os países da região continuaram a encomendar mais armas do que em 2016. Eles consideram a medida um instrumento essencial para enfrentar conflitos e tensões regionais.
Os Estados Unidos continuam sendo o principal exportador, fornecendo armas para pelo menos 100 países em todo o mundo. A Rússia representa 23% das exportações mundiais, sendo que 70% do seu armamento são destinados para a Índia, o Vietnã, a China e a Argélia.
A China exporta de 3,8% a 6,2%. França e a Alemanha, 6% e 5,6%, respectivamente.
O relatório aponta uma redução de 19% na compra de armas pela Colômbia, possivelmente por conta do acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e um aumento de 184% no México.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Cambio destrava as exportações das commodities agrícolas. Clima prejudica o plantio norte-americano
Com a alta do dólar, provocada pela situação política brasileira, o Brasil pode ter vendido mais de 5 milhões de toneladas de milho e soja no mercado internacional, nesses poucos dias. As regiões comercialmente mais ativas, nesse período, foram as do sul do país (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina), e do Matopiba (formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Os preços em reais também melhoraram. O episódio político serviu para mostrar que o dólar deveria valer pelo menos R$ 3,40. Essa taxa de câmbio permitiria que o produtor pudesse ter um ganho, ainda que pequeno, a partir da comercialização de sua produção.
Neste ano, o país apresentou uma safra recorde em todos os estados, com exceção dos estados do Nordeste. Com produtividade alta, a oferta tornou-se abundante derrubou os preços internos, comprometendo a lucratividade dessas culturas.

Nos Estados Unidos, o plantio recém iniciado ainda não está claramente definido. O regime de chuvas e as variações temperatura podem provocar uma redução da produtividade naquele país, pressionando os preços na Bolsa de Chicago para cima. A demanda de grãos, por seu lado, permanece firme, com comportamento bastante ativo.
Independentemente dos preços alcançados nesses últimos dias, o clima continua amedrontando os compradores de cereais. Na verdade, não se chegou até o momento a uma previsão definitiva sobre a nova safra americana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga estimativas que apontam para o crescimento da área já plantada no corn belt, o cinturão do milho. Os agricultores, no entanto, relatam dificuldades para avançar com o plantio em função do excesso de chuvas. As baixas temperaturas também contribuem para prejudicar a germinação das sementes e castigam os pés nascidos.
Entre agricultores já se fala abertamente na necessidade de replantio, em boa parte da área plantada, com a natural redução da produtividade e a elevação dos custos por acre cultivado.

terça-feira, 23 de maio de 2017

E agora, José?

Crise política enfraquece, mas não impede, as possibilidades de reformas
As incertezas políticas abalam a confiança na economia, na medida em que tornam mais distantes as reformas esperadas. Pior, porque antecipa um rompimento com uma política fiscal mais austera e quebra com os esperados fundamentos econômicos para os próximos anos. Há, entretanto, outras variáveis em jogo.
É preciso reconhecer que a sociedade brasileira hoje é muito diversa daquela de anos atrás, onde o paternalismo imperava nas relações sociais. Hoje o cidadão prefere uma doutrina mais autônoma e contratualista. Que contratar seu casamento, quer contratar seu voto contra uma conduta política esperada, quer contratar suas relações comerciais, etc. Enfim, as reformas fazem parte dos seus anseios, do acervo de suas expectativas e ele quer vê-las realizadas. Não pode haver grandes retrocessos nesse processo, com esse, ou com qualquer outro presidente.
O cenário de retomada da economia pode vir a ser mais lento, mas será uma imposição dos eleitores. Os problemas decorrentes das populações desempregadas são enormes, a desorganização social, imposta por uma combinação de miséria social e de perda do sentido moral da vida, eleva o clima de pressão sobre o legislativo. A crise política é apenas de curto prazo e não paralisará os avanços no bojo do estado. Eles virão em velocidades diferentes para cada um dos poderes constituídos.
A agenda econômica responsável já está construída. Dela, os políticos não poderão se afastar. Os mercados estão precificados e já demonstram algum otimismo nos seus preços. Estamos vivendo uma mudança sem precedentes em nossas formas de organizar a vida social. 
Legislativo e Judiciário precisam entender o momento político e a extensão gravíssima da crise social. Devem agir rápido, mas parcimoniosos em suas decisões, para garantir continuidade do processo de consolidação econômica.

domingo, 21 de maio de 2017

Retratos do Brasil

Entender as populações indígenas
ainda é um desafio
O “Caderno Temático “Populações Indígenas no Brasil”, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, faz um mapeamento sobre a localização dessas populações e das movimentações territoriais realizadas por elas nessas últimas décadas. Revela também aspectos culturais inéditos, até o Censo de 2010.
São cerca de 900 mil índios vivendo no Brasil, divididos em 305 etnias e falando 274 línguas diferentes. O número de indígenas que habitam áreas urbanas está diminuindo. Essas populações estão voltando para aldeias, no campo, e pedindo a demarcação de áreas para viver com seus hábitos e valores preservados.
O percentual de índios que fala uma língua nativa é seis vezes maior entre os que moram em terras indígenas, do que entre os que vivem em cidades.
O estudo aponta que, entre 2000 e 2010, os percentuais de indígenas brasileiros que vivem nas regiões Sul e Sudeste caíram, enquanto cresceram nas outras regiões. A região Norte abriga a maior parcela de índios brasileiros (37,4%), seguida pelo Nordeste (25,5%), Centro-Oeste (16%), Sudeste (12%) e Sul (9,2%).
A taxa de fecundidade entre mulheres que moram em terras indígenas também é significativamente maior que entre as que vivem em cidades. Em terras indígenas, há 74 crianças de 0 a 4 anos para cada 100 mulheres, enquanto nas cidades há apenas 20.

sábado, 20 de maio de 2017

Frigoríficos abrigam grandes trapaças no Brasil

O fornecimento de carne bovina ficou mais difícil para o Brasil 
O panorama mundial da carne poderia ter sido muito favorável ao país. A Austrália vive uma seca intensa, com suas pastagens comprometidas e com escassez de boi gordo. A Argentina ainda está de baixo d’água depois de tantas chuvas. O gado já não resiste a persistência da umidade elevada, com um estado corporal muito fraco, no exato momento em que o inverno  se aproxima.
Haveria espaço para que as exportações brasileiras fossem melhor remuneradas. Mas o escândalo da "carne fraca" comprometeu essa possibilidade. A JBS, maior fornecedor mundial de carne bovina, está envolvida nesse episódio e, para complicar o que já era difícil, acaba de comprometer-se com uma delação premiada que expõe suas práticas comerciais e empresariais. As possibilidades de qualquer recuperação de suas exportações estão comprometidas, no curto e no médio prazos, pelo desrespeito completo às normativas dos programas de integridade. Os problemas para a próxima semana não são menores. A Comissão de Valores Mobiliários abriu mais quatro processos administrativos referentes a denúncias de irregularidades em negócios nos mercados de capitais, envolvendo os principais acionistas do grupo e a própria JBS. Um dos processos trata de uso de informação privilegiada em operações no mercado de dólar futuro e com ações da JBS. Um outro investiga a atuação do Banco Original e da J&F no mercado de derivativos. Outro, de natureza jurídica assemelhada analisa a atuação da própria JBS no mercado de dólar futuro. E por final, mais outro processo investiga negociações do controlador da JBS com ações da companhia.
Nessa sexa-feira, o grupo J&F não aceitou os termos do acordo de leniência propostos pelo Ministério Público Federal, que previa pagamento de R$ 11,17 bilhões. Aqui, as consequências para o grupo podem ser fatais.
Disso se aproveitam os Estados Unidos, avançando as negociações para fornecimento do produto para a China. O mercado chinês para importações de carne bovina do Brasil está na casa dos US$ 4 bilhões por ano.
Os Estados Unidos tiveram suas exportações para China suspensas em 2003 em função do problema da "vaca louca". A tese vencedora, do então ministro da agricultura do Brasil, sustentou que nossa carne provinha de “boi verde”, alimentados apenas pelas das pastagens brasileiras. Entretanto, os escândalos sucessivos protagonizados pela indústria da carne, facilitou as renegociações entre China e Estados unidos que devem estar concluídos no final do próximo mês, conforme anuncia o Departamento da Agricultura norte-americano. A China impõe aos pecuaristas americanos que suprimam a utilização de medicamentos que estimulam o crescimento dos animais a serem importados por ela. Impõe também uma cláusula de rastreabilidade que possa permitir o controle dessa obrigação e dos demais movimentos dos rebanhos. O cumprimento dessas cláusula não é tão simples, pois pate dos terneiros que vão à terminação em território americano é fornecida pelo México.
Disso tudo, fica um recado forte para Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes: compliance, segurança alimentar e rastreabilidade são prioridades definitivas para os próximos anos.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

As mudanças não param de impactar modelos de negócios existentes

Três condições para vencer no mundo digital
O mundo digital supõe três habilidades para manter competitividade empresarial.
1a) Ser rápido, ou seja, a empresa precisa ter a capacidade de se mover rapidamente, com agilidade, para perceber e responder às mudanças do consumidor, concorrentes disruptivos e condições de mercado em velocidade cada vez maior.
2a) Ser granular, acessando os dados e promovendo análises desses dados com a menor granulometria, de modo a alcançar, em tempo real, os nichos e sub-segmentos com maior potencial de compras.
3a) Ser crescentemente conectado, alavancando sua conectividade pela maior pró-atividade conferida às ações relativas ao ecossistema digital, formado por consumidores, clientes e funcionários. Essas ações devem ter os objetivos de proporcionar transparência e aprofundar o engajamento de todo o ecossistema com a empresa.
A tecnologia fará cada empresário rever seu modelo de negócio para manter-se competitivo e financeiramente saudável.

O mundo digital se aperfeiçoa para atrair clientes

Conectar e fidelizar consumidores
Empresas de produtos de consumo encontram hoje um novo desafio: envolver-se com os consumidores que são, cada vez menos atentos e que são cada vez mais conectados.
O esforço procura atingir a jornada dos clientes, desde o momento em que eles tomam consciência da existência da loja ou do produto até a decisão de compra, do uso do produto e, se possível, de suas reutilizações.
Pesquisas conduzidas nos Estados Unidos dão conta que:
• Us$ 0,56 de cada dólar gasto em uma loja passam por alguma forma de interação digital com o consumidor.
• US$ 0,37 das vendas nas lojas decorrem de algum tipo de interação com outros consumidores que utilizam dispositivos móveis.
• 55% dos consumidores conhecidos como millennials e 44% dos não-millennials declaram utilizar algum tipo de dispositivo digital durante suas viagens de compras.
• A participação das vendas de alimentos e bebidas no varejo eletrônico, em 2020, está estimada em 2,7% de toda a venda por esse canal.
Shoppers são 29% mais propensos a fazer uma compra no mesmo dia, quando usam as mídias sociais.
Esses números, levam as empresas de produtos de consumo, bem-sucedidas, a investir no desenvolvimento de habilidades digitais, para engajar e conduzir o comportamento do consumidor em uma jornada de compra mais atraente e gratificante. É o novo modo de obter um número crescente de clientes.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Cadeias de valor se beneficiam com os avanços tecnológicos

Custos de transações em queda
A evolução mais recente nas tecnologias desenvolvidas para amparar as cadeias de suprimentos deu novo impulso na eficiência das operações e, adicionalmente provocou um a redução expressiva dos custos de transações incidentes sobre os movimentos de materiais e de outros elementos, tais como produtos acabados, capital e outros ativos. Já é sabido que muitos desses “passeios” com produtos e matéria prima, bem como sua “hospedagem” em armazéns são estimulados pelas cargas tributárias nacionais diversas entre os países e pelas vantagens comparativas e competitivas distribuídas desigualmente por todo mundo.
Sem questionar outras causas, já se tem como certo que as operações custam cada vez menos e demandam menor tempo para sua realização, graças aos avanços da tecnologia de informações. É possível comandar e controlar, de forma minuciosa, cada passo dessas operações, e ainda entender profundamente os padrões de demanda de clientes ou fornecedores.
O influxo de informações de baixo custo, facilmente manipulado, passou a incorporar a inteligência artificial e a utilizá-la para o processo de decisão logístico. Enquanto o fluxo linear para projetar, criar e mover bens físicos permanece inalterado, os dados subjacentes agora fluem através e ao redor da cadeia de suprimentos, dinamicamente, e em tempo real (ou a qualquer outro ritmo tido como necessário pelos players). As novas interconexões entre processos e sub-processos transformaram as cadeias de fornecimento em redes eficientes e preditivas. Quando o custo das transações cai, a capacidade de transacionar com mais parceiros aumenta. Isso cria uma oportunidade de mudar para um mundo de cadeias de fornecimento interligadas, já que as empresas podem simplesmente se conectar com os mais diferentes parceiros, quando e onde for preciso, para fornecer um valor substancialmente maior.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

O caminho para o crescimento

O Brasil não terá alternativas
fora da reforma fiscal
Nesse instante, o cenário econômico global é benigno, particularmente para o Brasil. Entretanto, o quadro interno precisa apresentar avanços mais convincentes.
Ainda que as reformas pretendidas para a legislação trabalhista e para a previdência social venham a sofrer mutilações impostas pelo legislativo, não resta dúvida de que o país avançará. Isso apenas será definitivamente convincente, se o quadro eleitoral de 2018 apontar como provável vencedor um candidato liberal e reformista. Aí sim, os investidores internacionais afastarão seus receios em relação ao país.
Já se imagina que as atuais mudanças não garantirão a saúde fiscal da União. Eleito, o novo presidente, deverá aperfeiçoar os atuais avanços na previdência e na regulamentação do trabalho. Haverá ainda muito a caminhar nesse sentido, reconhecendo, a necessidade de outras reformas no bojo do Estado brasileiro. Reformas como a do funcionalismo, a administrativa, do judiciário, reformas tributária e patrimonial devem integrar a agenda do próximo governo. O candidato eleito deve estar comprometido com o controle dos gastos, da redução dos juros e, sem dúvida, do retorno ao crescimento econômico mais vigoroso. A recuperação do grau de investimento virá como consequência natural desses avanços.
É possível hoje afirmar que os mercados de juros, câmbio e bolsa já apreçaram, pelo menos parcialmente, a perspectiva das reformas atuais, a estabilidade da dívida pública, o controle do risco externo e ancoragem do câmbio e da inflação. Remanescem como incertezas a serem afastadas, a aceleração do crescimento econômico, a ampliação da oferta de crédito ao empresário privado e o controle dos riscos políticos. 

O mundo melhora seus níveis de riscos

Riscos globais dão sinais de recuo
Parece ter havido uma conjunção errática de variáveis que aponta para a redução dos riscos globais.
Do ponto de vista político, a eleição na França trouxe a expectativa de uma União Europeia mais forte, mais unida e mais liberalizante. Nos Estados Unidos, o presidente encontra-se em posição difícil para exercitar seu voluntarioso populismo. Institucionalmente, sofre um controle intenso pelo senado norte-americano, cujas acusações agora caracterizam eventual comportamento conhecido pelo nome técnico de obstrução de justiça.
Economicamente, a Europa apresenta uma recuperação consistente. As promessas, no plano da política fiscal, levam ao crescimento da austeridade nos gastos públicos, na região. Na Ásia, os menores estímulos à economia chinesa, com impactos nas commodities e na inflação, somados ao arrefecimento da atividade econômica nos Estados Unidos, indicam que a tendência de alta dos títulos públicos de 10 anos, vá ocorrer de forma mais gradual.
O mundo reduz seus riscos e estimula investidores a assumirem posições mais ousadas.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Nem tudo são flores para a safra de grãos

Argentina e Paraguai já acusam 
fortes perdas no campo
As produções agrícolas da Argentina e do Paraguai sofrem reveses nesse momento.
O mau templo, com chuvas excessivas e tornados frequentes, castigam a zona rural da Argentina e do Paraguai. A situação é crítica para o rebanho bovino em toda a Província de Corrientes. O governo Argentino divulgou informações preliminares dando conta de que mais de dois milhões de hectares foram vitimado pelo excesso de chuvas, atingindo onze departamentos. As inundações se multiplicaram nas últimas semanas e os rebanhos bovinos não estão resistindo a essas condições. O número de óbitos nos rebanhos aumentou sensivelmente, causando prejuízos de grande monta ao pecuarista local.
A preocupação na zona rural de Corrientes é com a chegada do inverno. Nessa estação e provável que o frio possa complicar mais ainda o estado corporal das vacas, que conseguirem resistir à inundações.
Na agricultura, as maiores perdas estão associadas às regiões produtoras de soja, como, por exemplo, a província de Buenos Aires. Ali as inundações impediram a movimentação das máquinas e deixaram a cultura abaixo do nível das águas.
No Paraguai, sobretudo na região de Assunción, estão ocorrendo fortes tornados que danificam as culturas em zonas ribeirinhas, assim como a estrutura urbana da capital e de outras cidades vizinhas.
O rio Paraguai, extremamente sensível às chuvas em suas cabeceiras, alcançou 4 metros, provocando o abandono de inúmeras propriedades. O rio continua a subir aumentando a preocupação da defesa civil com essas áreas.
Embora ainda não haja informações oficiais sobre as áreas agrícolas afetadas pelas chuvas, sabe-se que as culturas correspondentes à safrinha, devem ter, face a essas condições climáticas adversas, uma produtividade muito reduzida.

Não faltará grãos para o mundo

Departamento de Agricultura foi surpreendido pelo avanço no plantio da soja e do milho
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, conhecido pela sigla USDA, apresentou nesta segunda-feira (15/5), o boletim semanal de acompanhamento de safras e atualização do plantio, apontando melhora do clima no Corn Belt – o cinturão do milho.
O próprio USDA não acreditava que os agricultores norte-americanos fossem capazes de compensar o tempo perdido no plantio, pelo regime de chuvas abundantes que atingiu a região no início da semeadura. Pode-se imaginar que esses agricultores tenham usado o período noturno para fazer o plantio. Isso é muito comum no Brasil, sobretudo nas épocas das colheitas.
O mesmo fenômeno valeu também para o plantio de soja. Tudo faz antever uma produção muito alta nesse país. Claro que em agricultura, as “previsões” nunca falham depois que tudo foi colhido. Antes disso, a safra de grãos terá que florescer, granar e passar por um período de pouca chuva na colheita.
Mas é inegável que o ano agrícola começou bem nos Estados Unidos e as previsões meteorológicas apontam para situação muito favorável, devendo pressionar ainda mais os preços dos cereais.
Para o Brasil fica a esperança de que nossa política cambial consiga colocar a moeda nacional no seu verdadeiro valor, sem leva-la a apreciações que possam subtrair a competitividade do agricultor brasileiro. Contribuiria muito para isso, as reformas trabalhista e previdenciária que, se aprovadas, tendem a deixar nosso câmbio mais estável.
A competitividade também poderia ser dada pela melhoria da logística de escoamento da safra e pela política de financiamento agrícola mais ágil.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Portugal em crescimento

Portugal pode alcançar a meta
de crescimento em 2007
A economia portuguesa continua a apresentar ritmo acelerado de crescimento, iniciado na segunda metade do ano passado. Cresceu 1% durante o primeiro trimestre de 2017. Trata-se do melhor resultado desde o quarto trimestre de 2007.
O PIB português, segundo a estimativa inicial do Instituto Nacional de Estatística, pode alcançar os 1,8%, fixado como meta pelo governo português para esse ano.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Startups

Caminho para o sucesso
No mundo das startups já foram identificados alguns procedimentos que podem leva ao sucesso.
A ideia que move a iniciativa encontra um bom abrigo dentro de uma incubadora. Lá ela ganha concretude. Se a ideia prosperar, melhor será buscar por um programa de aceleração de negócios. Isso pode facilitar muito o recebimento de aportes necessários de investidores. Finalmente, se tudo se transformar em uma solução inovadora, o objetivo passa a ser o de encontrar grandes grupos como clientes. Isso pode criar rapidamente muito valor ao negócio empreendido.
Daí para frente, o mercado, composto por esses clientes, transforma-se em garantia para a formação futura de receitas e lucros donovo negócio. Estarão garantidas as economias de escala que darão sustentação aos retornos dos capitais investidos.
Convém lembrar que as startups, ao longo da vida, se veem obrigadas a assinar acordos e firmar parcerias com inúmeros players, sobretudo com os investidores. Recomenda-se, então, que seja dada muita atenção aos aspectos jurídicos que envolvem esses passos. Aspectos societários e contratuais devem ser objetos de forte atenção por parte dos empreendedores. O oportunismo é prática crescente entre os angels.

sábado, 6 de maio de 2017

Já é moda nas grandes empresas o reconhecimento por colegas

Reconhecimento de funcionários não
dependem mais apenas dos chefes
Nas grandes empresas isso já é uma realidade. Os colegas indicam os funcionários que merecem reconhecimento, seja por suas atitudes no trabalho, seja por seus projetos, seja pela colaboração que emprestam à equipe. Esses critérios variam segundo os níveis hierárquicos e segundo a natureza das atividades.
A cada período, os funcionários votam, indicando aqueles colegas que julgam melhores, a partir das atitudes, de sua contribuição ao desempenho da equipe ou dos projetos que administram. Os mais votados obtêm um reconhecimento, em eventos rápidos de celebração e levam para casa algum prêmio. 
As premiações também variam. Vão desde uma medalha, passando por um troféu, pela veiculação na comunicação interna da empresa, até prêmios em dinheiro, acrescidos ao salário, no final do mês.
Em outros casos, quando se referir a projeto desenvolvido, com impactos positivos nos negócios da empresa, a premiação pode ser dividida entre os membros desse projeto.
Esse tipo de reconhecimento cria um ambiente muito saudável e acaba melhorando o clima da organização, além de estimular o trabalho em equipe. Os trabalhos de grupos, muito associados às atividades de manufatura, produzem efeitos na melhoria da qualidade, no meio ambiente e na segurança dos trabalhadores e realmente precisam ser reconhecidos.
Como desafio, resta saber  amaneira que se fará o reconhecimento com o surgimento do trabalho em casa, realizado remotamente.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Alto descontentamento no Reino Unido

O conservadorismo em alta
O Partido Conservador do Reino Unido conquistou mais de 100 assentos em conselhos locais da Inglaterra e do País de Gales. A primeira-ministra Theresa May aumentará provavelmente, com isso, sua maioria parlamentar na eleição nacional do dia 8 de junho.
O Reino Unido realmente deve ter razões fortes para deixar a União Europeia e os eleitores demonstraram claramente, nessa votação de quinta-feira, que a aprovam o Brexit, escolhendo milhares de ocupantes de postos de governos locais pela Escócia, Inglaterra e País de Gales. O Partido Conservador, de Theresa May, já obteve o controle de cinco conselhos e ganhou uma corrida pela prefeitura.
Esses resultados evidenciam um descontentamento generalizado com a União Europeia e, ao que parece, o Brexit vai continuar sendo levado à frente, sem que as razões para isso tenham sido completamente entendidas pela UE.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Para pensar uma alternativa

Uma proposta de curto prazo
para  o câmbio no Brasil
As commodities vieram abaixo. As agrícolas - soja, milho, cacau, feijão, trigo, algodão, café, carnes de frango, de boi e suínas – caem fortemente já há algum tempo. As minerais -minério de ferro, alumínio, petróleo, ouro, níquel, prata, cobre -, despencaram no dia de hoje, produzindo forte queda da bolsa de São Paulo. As financeiras - moedas, títulos públicos de governos federais e ambientais – oscilam ao sabor das notícias sobre os quadros políticos nacionais.
Não precisa dizer que essa situação semeia forte intranquilidade entre os exportadores, com um dólar baixo e indefinido.
No plano teórico a discussão ainda é bi polarizada. Na visão do mais liberais, a política cambial deveria ser livre e assentada na extinção de todos os controles, com conversibilidade plena da moeda, consolidando a estabilização macroeconômica. Isso, no entanto, pressupõe, no mínimo, um tripé formado por expressivo superávit fiscal primário, baixo endividamento público e taxas de juros fixadas pela meta inflacionária e pelo câmbio flutuante. Não é o que acontece por aqui no momento.
De outro lado, uma visão intervencionista sustenta que os controles permitem independência diante do mercado financeiro de curto prazo. Com isso, reduz a volatilidade do câmbio, limita a valorização em fases de liquidez, reduz pressões de desvalorização em momentos de crise, melhoram as condições de financiamento da dívida pública, evitando a perda de competitividade associada à valorização cambial. Finalmente, reduzem a exposição de bancos e de empresas aos riscos do endividamento externo de curto prazo.
Como a vertente mais clara de crescimento econômico e do aumento de emprego repousa hoje nas exportações, que tal pensar em um real mais desvalorizado e garantir seu valor através de câmbio fixo (ou em banda), pelo menos até as condições para adoção de uma política liberal, de câmbio livre, se complete?
Exportadores precisam de maior nível de certeza para expandir sua produção. Aqui dentro, o desemprego é alto, a renda familiar está comprometida, os rendimentos reais continuam em queda e a inadimplência atinge uma população apreciável de consumidores. Difícil superar esses obstáculos no curto prazo. A exportação pode ser uma vertente importante de crescimento. 

Façam suas apostas

Os sinais ainda são contraditórios
A produção industrial brasileira apresentou forte recuo no mês de março em relação ao mês anterior. A queda na produção foi de 1,8%, segundo o IBGE.  É o pior desempenho mensal, desde agosto de 2016, atingindo generalizadamente a grande maioria dos setores industriais.
Esse número faz crer que o processo de recuperação da economia brasileira ainda não se definiu. As resistências encontradas para a aprovação das reformas da trabalhista e da previdência desestimulam os investimentos no setor industrial. Por outro lado, o comprometimento da renda, a inadimplência, o desemprego e a redução do rendimento real continuam a segurar o aumento da demanda.
As armadilhas para a retomada ainda não foram desarmadas e dificilmente serão subtraídas sem as reformas anunciadas. O comportamento oscilante do dólar nos últimos dias também expressa as dúvidas dos investidores, enquanto a bolsa permanece em alta, antecipando, de certa forma, o sucesso que as reformas alcançariam. Em tempos de incertezas, os movimentos especulativos se intensificam, as apostas se sucedem e os riscos aumentam exponencialmente.