Sem ortodoxias e sem juízo
Câmbio agora torna-se um problema crônico
Com o Boletim Focus aumentando suas previsões inflacionárias e com os números da Balança Comercial, o dólar flutua ao sabor dos ventos. O Banco Central intervém com muita freqüência por meio de seus leilões.
A balança comercial registrou déficit de US$ 364 milhões, na 4ª semana do mês. Este ano a balança comercial brasileira está superavitária em US$ 3,87 bilhões, face a um superávit de US$ 1,66 bilhão, no mesmo período do ano anterior.
Já há quem projete o dólar para o final do ano em R$ 1,65 e em R$ 1,70 para dezembro de 2012. Vade retro Satanás!
Juros a meio caminho: alto para empresa e baixo para inflação
O mercado ainda ajusta-se à decisão do Copom que elevou a taxa Selic em míseros 25 pontos, para 12% ao ano, sem viés para cima ou para baixo. A omissão, portanto, foi completa. Simultaneamente, o Copon olhou para o risco da inflação (quê risco, se já estamos entrando em indexação de preços?), para o ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica (moderação, em pleno emprego, é ótimo), e para o complexo ambiente internacional (quer dizer, o não entendido ambiente internacional).
Ao olhar tudo isso, ao mesmo tempo, o Comitê não vacilou. Omitiu-se, definitivamente. Rendeu-se aos apelos populares que marca a irresponsabilidade econômica. Apenas sinalizou com um ciclo prolongado de aperto monetário, suficiente para garantir a convergência da inflação para o centro da meta no, ainda distante, 2012.
As taxas dos principais contratos futuros vão para cima, como uma tendência que se torna consistente.
A bolsa agoniza? Não, apenas imagina-se uma montanha russa.
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