Semana promete

Há muito o que esperar. Por isso,

a frustração pode ser grande

O ministro Mantega anunciou a sua CPMF: cobrança de IOF nos empréstimos para pessoa física. Era de 1,5% e foi para 3,0%. O pretexto foi a inflação. A causa foi a arrecadação.
A bolsa cedeu 0,66%, fechando aos 68.718 pontos. O volume financeiro acusou o golpe: apenas R$ 5,8 bilhões, aproximadamente.
A ironia, depois de tudo, é que o dólar voltou a cair, cotado a R$1,5740, queda de 0,76% no dia. Na semana, a queda acumulada foi de 2,36%. Está de assustar esse braço de ferro com o governo. O governo, arrecadatório como está, não desistiu e poderá vir com alternativas mais fortes.
Nos Estados Unidos, governo e oposição não chegaram a um acordo sobre o orçamento nacional, para os próximos 6 meses. Caso o acordo não seja atingido, parte do setor público do país pode parar por falta de recursos. Membros da oposição querem desgastar o presidente Obama. Parece que vaião conseguir, mas podem ser cobrados disso. O Dow Jones caiu, 24%, o S&P teve queda de 0,40% e o Nasdaq recuou 0,56%.
Na Europa, Portugal tomou a cena. Bruxelas precisa de um plano para resgatar o “Jardim da Europa, á beira mar plantado”. As reuniões já começaram. A Espanha quer sair do centro das atenções e começa a criar expectativas no mercado de que a não precisará de ajuda financeira. Bolsas subiram: Paris, 083% ; Frankfurt, 0,53% ; Londres, 0,81%.
Também na Ásia, os mercados fecharam em alta. O índice Xangai Composto encerrou com a melhor pontuação em quase cinco meses, graças aos papéis associados às commodities. Relatório do Banco Centra Chinês anunciou que a China vai melhorar as condições do mercado financeiro, com incentivos para os investidores estrangeiros comprarem títulos da dívida e ações. O relatório promete permitir que o yuan seja negociado com uma maior variedade de moedas. No Japão, os trabalhadores voltam às empresas, a produção é retomada e as percepções sobre as conseqüências do tsunami começam a arrefecer.
Para essa semana teremos o Livro Bege nos Estados Unidos. No Brasil, sairá o desempenho das vendas do varejo. Vamos ver se o mnistro Mantega conseguiu esfriar o ritmo econômico. De minha parte ainda acho cedo.