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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Avanços e recuos do momento

Mercado emparedado entre as boas
e as más notícias
A Ata da última reunião do FOMC, nos Estados Unidos, aponta para um comitê dividido. Parte de seus membros acha que já é tempo de reduzir os estímulos monetários. Esses estímulos impulsionam a economia, mas ameaçam com inflação. Outra parte acredita que é cedo para retirar esses estímulos e teme que a economia possa apresentar uma recaída nos braços de uma nova estagnação. Se o FOMC tem dúvidas, imaginem como fica a cabeça dos investidores. Parecem emparedados, também.
Na Europa a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou o ranting de Portugal, pela segunda vez, em menos de um mês. A dívida de longo prazo caiu de A3 para Baa1, com expectativa negativa. Os portugueses ainda vão se convencer que contas públicas não é um assunto para fazer política. Parece óbvio que todos queiram evitar os custos sociais de um ajuste corretivo. Há de se entender, por outro lado, que esse rebaixamento embute um recado muito claro. Não é hora de mexer nos juros na Zona do Euro. Para reforçar essa idéia, as vendas no varejo caíram 0,1% no, na região, mês de fevereiro.
Enquanto isso, na China, a autoridade monetária elevou a taxa básica de juros em 25 pontos base. Agora, a taxa para empréstimos alcançou 6,31% ao ano. A referente a depósitos foi para 3,25%. Trata-se do mesmo esforço gradualista de combate à inflação empreendido no Brasil. É a quarta vez que se aumenta o juro, em menos de seis meses. A ordem é esfriar a economia para um ritmo sustentável, detendo as pressões inflacionárias. Realmente, as estratégias são muito parecidas. E, igualmente, ineficientes.

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