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domingo, 2 de outubro de 2011

Fechando a semana e o mês

Setembro negro seria exagero.
Cinza, não.
Ibovespa em queda de 1,99%, fechando o mês, e a semana, aos 52.324. Em setembro, a queda acumulada foi 7,38%. No acumulado do ano a perda é de 24,50%. O giro financeiro dessa última sexta feira ficou em R$6,43 bilhões.
O dólar, esse sim, subiu de novo. A alta é de bom tamanho para um único dia. Valorizou-se 1,51% frente ao real, cotado a R$1,88. Essa alta reflete a ampliação da percepção de risco em relação aos emergentes e decorre da debandada dos capitais especulativos do país. No mês, o dólar apreciou-se nada menos que 17,94%.
As variações mais expressivas que marcaram a semana estiveram associadas a:
1)- O Índice de Confiança da Indústria que caiu 1,6%, indicando para o aprofundamento da recessão mundial.
2)- A dívida líquida do setor público – conhecida pela alcunha de DLSP-, apresentou superávit primário de R$ 4,561 bilhões, no mês de agosto. Foi decepcionante para o mercado que esperava um número bem maior. A dívida líquida no final de agosto é de R$1,5 trilhões, equivalente a 39,2% do PIB. No ano, a dívida em relação ao PIB reduziu-se em 1%. É pouco, volta a dizer, é muito pouco. Mas é melhor que vê-la crescer.
3)- O Tesouro Nacional mostra que o superávit primário acumulado, em agosto, equivale a 2,2 % do PIB, contra 2,25 em julho.
No ano, o Governo Federal acumulou superávit primário de R$ 69,8 bilhões, 77% acima do resultado alcançado em 2010. Para a nova meta de 2011, fixada em R$ 91,8 bilhões, serão necessários gerar mais R$ 22 bilhões de superávit, nos quatro últimos meses do ano. Isto implica que o governo federal teria de gerar, em superávit primário, o equivalente a R$ 5,5 bilhões por mês. Ficou difícil.
É inegável que a política fiscal tem melhorado, mas tudo tem sido lento e insuficiente. Dívida alta e superávit insuficiente  levam, em seu bojo, a crença da persistência das altas nos preços.
4)- Nos EUA,  queda da renda pessoal e aumento nos gastos levaram os mercado internacional a desânimo generalizado. O PCE de agosto mostrou alta de 0,2% enquanto seu núcleo cresceu 0,1%.
5)- O ISM de Chicago subiu bastante. Saiu dos 55,7 pontos, indo para 59,4, no mês de setembro.
6)- A Europa colheu uma safra de más notícias. A inflação de setembro na Zona do Euro ficou em 3%. Esse nível é muito elevado para uma economia recessiva como a dessa região do mundo. A meta do Banco Central Europeu é de 2%.
7)- Na Alemanha, dados de varejo mostraram queda de 2,9% nas vendas.
8)-  Os mercados na Ásia estão indefinidos fecharam sem definição. Na China, receios com a redução mais forte do nível de atividade da economia do país, e outros temores associados à economia global, levaram o principal índice acionário ao pior nível em quase 30 meses. O índice HSBC PMI de atividade industrial no país ficou em 49,9 pontos em setembro.
Foi um setembro cinza.

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