Lentamente destruiu-se a indústria nacional.
A economia primarizou-se.
1) Juros altos desestimulam investimentos, encarecem a produção, seguram a demanda, subtraem a competitividade do produto brasileiro, agrava o custo do capital das empresas.2) Inflação alta, superior à média dos países exportadores, também aumentam os custos da produção nacional e, igualmente, subtrai a competitividade do produto nacional.
3) Inflação alta reconduz ao hábito de reajustar preços com base na inflação passada e na expectativa futura. A inflação ganha uma força inercial, nada desprezível.
4) A apreciação do real torna o produto nacional menos competitivo face ao importado e induz movimentos massivos de importações, solapando a base industrial do país.
Nossa inflação está muito alta, nossos juros também. Os juros, não o suficiente para derrotar a inflação, mas o bastante para promover o encarecimento da produção e a perda de competitividade da produção nacional.
A apreciação do real ainda é excessiva, prejudicando a competitividade nacional, fazendo crescer nossas importações e desindustrializando o país.
A somatória desses efeitos negativos e a ausência de um projeto nacional para nosso parque industrial levaram a primarização da economia e à expressiva redução da diversificação econômica nacional.
Junto com a indústria foram os melhores empregos.
É momento de rever as medidas de caráter protecionistas, tais como IOF sobre câmbio, IPI sobre automóveis, aumento de tarifas contra a China e a Argentina, substituindo-as pela construção de uma verdadeira política industrial.
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