Indefinições,
incertezas e imobilização
Na ausência
de consenso para o encaminhamento das questões relativas às dívidas dos
países europeus, as vacilações no campo monetário semeiam incertezas que
imobilizam investidores e demais agentes econômicos.
A Europa
amplifica a aversão a risco, em torno do mundo.
A desaceleração da economia da China aumenta as dúvidas
sobre o desempenho das commodities metálicas e
agrícolas.
No Brasil,
a inflação castiga o consumidor, pedindo a devolução de seus ganhos reais,
obtidos nos últimos tempos. O Banco Central, contracíclico como resolveu ser
ultimamente, semeia dúvidas sobre a eficácia de sua nova política. O dólar se
valoriza e as bolsas caem.
A redução
de 0,5 pontos percentuais na taxa Selic foi imprudente. Não por que 11,50 % não
seja uma taxa absurdamente alta, mas pelo recado que a redução dá ao mercado: a
inflação já não é mais prioridade.
Há um sentimento generalizado de “começo do fim” dos anos de prosperidade. As autoridades econômicas precisam agir rápido para reverter essa expectativa.
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