Banner

Translate

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Agora é pra valer

As demissões começaram
O setor de serviços apresentou crescimento nulo, no PIB do terceiro trimestre desse ano. A culpa foi atribuída à área financeira. Instituições privadas foram menos ativas na concessão de crédito, tendo em vista a inadimplência exagerada nessas operações. Juros e spreads mais baixos comprometeram a rentabilidade do setor e as cotações dos papéis dessas instituições na BM&FBovespa despencaram.
Os primeiros meses de implantação das medidas governamentais para a redução da taxa de juros foram marcados pela incredulidade dos seus gestores. No segundo momento, os esforços concentraram-se na redução de custos operacionais. Nessa semana, dois grandes bancos com operações no país divulgaram seus planos de demissão. Envolvem, como prevíamos inicialmente, os cargos gerenciais, ocupados por funcionários mais velhos (portanto, mais caros) e egressos de bancos comprados. Nesse sentido, a concentração apenas produz os efeitos já antecipados.
Isso não basta, embora contribua decisivamente para sobrevivência dos bancos. Será necessário que essas medidas de austeridade atinjam os conselhos e suas remunerações, as vice-presidências e, finalmente, as superintendência. A horizontalização deve encontrar-se com a necessidade de ampliar os fluxos laterais de comunicação, favorecendo a velocidade decisória e o controle de seus efeitos. Aa estrutura organizacional tem que passar por um enxugamento inusitado e os processos precisarão ser novamente revistos.
Sem alarde, todo o sistema bancário acompanhará as medidas de enxugamento e iniciará uma nova onda de demissões.
Agora o problema já não é mais o baixo crescimento do PIB, mas entender o que acontecerá com o nível de emprego e renda dos trabalhadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário