A realidade
tem sido cruel
com os discursos econômicos
Bastou o Banco
Central apresentar seu IBCR de outubro, para as autoridades já começarem a
enxergar o crescimento que ninguém consegue ver. O avanço do IBCR mal atingiu
os 0,4% e já se começa a falar de um quarto trimestre de crescimento mais
robusto.
Vale lembrar
que já estamos no meio de dezembro e que não dá tempo para mais nada. O que
tinha que ser feito já foi feito e as medidas até agora anunciadas foram
insuficientes para garantir que o PIB nacional crescesse em velocidade maior
que a nossa população.
Para os que
gostam de viver de ilusão, recordamos que o resultado do IBCR desse mês de outubro
apresentou alta de 5,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Afinal, alguém
já disse que “recordar é viver”.
Para jogar
mais areia nos olhos da população, o IBGE acaba de anunciar que o varejo
restrito, isto é, o varejo sem levar em conta as vendas de veículos, motos,
partes e peças e de material de construção, apresentou um crescimento de 0,8% em
outubro, fazendo crer que o Brasil, nesse quarto trimestre, terá garantido a
expansão do consumo das famílias.
Para tirar
essa conclusão, os melhores indicadores seriam a renda real dessas famílias e o
nível de desemprego do país. Se a renda real estiver em crescimento e o
desemprego se mantiver em queda, aí sim, poderíamos concluir com maior
segurança sobre a expansão do consumo.
Sugiro
abandonar essas teorias de pés quebrados e olharmos a economia, sem os vieses
dos vendedores de ilusões. As previsões, antes de nada, precisam ser confirmadas
pela realidade para, só depois, darmos asas à imaginação e acalentarmos os
sonhos oficiais.
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