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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O mico ficará com o contribuinte

Inflação cresce e o crédito arrefece.
O IPC da Fipe já está em 0,70% na primeira quadrissemana de dezembro. No mesmo período do mês anterior, estava em 0,44%. A alta já vinha sendo esperada, mas sua intensidade foi muito além daquilo que se vinha esperando. Mais uma vez o governo faz crer em hipóteses que não se confirmam.
O emprego industrial de outubro, anunciado pelo IBGE subiu modestos 0,4%, ante o mês anterior. Os salários tiveram alta real, na pesquisa de outubro, de 0,1%, em relação a setembro e de 3,0% quando comparado a igualo período do ano anterior.
São números muito fracos para sugerir recuperação da indústria.
O Serasa quer fazer crer que o mercado de crédito está em recuperação, afirmando que foi registrada evolução de 5,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Não faz sentido concluir por essa recuperação se o número de pessoas que procuraram crédito recuou 7,6% no mês de novembro em relação ao mês de outubro.
Um percentual altíssimo das famílias apresenta dívidas. E dos endividados, a taxa de inadimplência é no mínimo duas vezes maior que nos Estados Unidos. O mercado de crédito perdeu velocidade no seu crescimento e só não retrocedeu graças aos bancos oficiais.
Mas, convém lembrar que essas instituições têm recebido recursos fartos do Tesouro Nacional para suportar esse pseudo crescimento.
Isso produzirá, no futuro, a necessidade de novos aportes para sanear a inadimplência decorrente da sustentação da demanda de nosso mercado de consumo. Em outras palavras, o mico ficará nas mãos do contribuinte.

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