Inflação
cresce e o crédito arrefece.
O
IPC da Fipe já está em 0,70% na primeira quadrissemana de dezembro. No mesmo
período do mês anterior, estava em 0,44%. A alta já vinha sendo esperada, mas
sua intensidade foi muito além daquilo que se vinha esperando. Mais uma vez o
governo faz crer em hipóteses que não se confirmam.
O emprego industrial
de outubro, anunciado pelo IBGE subiu modestos 0,4%, ante o mês anterior. Os
salários tiveram alta real, na pesquisa de outubro, de 0,1%, em relação a setembro
e de 3,0% quando comparado a igualo período do ano anterior.
São números muito fracos para sugerir recuperação da indústria.
São números muito fracos para sugerir recuperação da indústria.
O Serasa quer fazer
crer que o mercado de crédito está em recuperação, afirmando que foi registrada
evolução de 5,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Não faz sentido
concluir por essa recuperação se o número de pessoas que procuraram crédito
recuou 7,6% no mês de novembro em relação ao mês de outubro.
Um percentual
altíssimo das famílias apresenta dívidas. E dos endividados, a taxa de
inadimplência é no mínimo duas vezes maior que nos Estados Unidos. O mercado de
crédito perdeu velocidade no seu crescimento e só não retrocedeu graças aos
bancos oficiais.
Mas, convém lembrar
que essas instituições têm recebido recursos fartos do Tesouro Nacional para
suportar esse pseudo crescimento.
Isso produzirá, no
futuro, a necessidade de novos aportes para sanear a inadimplência decorrente
da sustentação da demanda de nosso mercado de consumo. Em outras palavras, o mico
ficará nas mãos do contribuinte.
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