O
mundo virtual conspira para a
concentração econômica? (1)
Ética,
sustentabilidade, compliance são os melhores exemplos das multinacionais de TI.
Por estarem no campo de inovação e respeitarem todos os princípios da boa
governança deram o exemplo nesse Natal. Vejam as barbaridades:
1) Nem a Justiça norte-americana
aceitou o acordo proposto pela IBM para a SEC em processo por suborno.
Foi lindo. Juiz federal rejeitou o acordo entre a
Securities and Exchange Commission (SEC) e a IBM. O regulador do mercado de
capitais dos Estados Unidos arquivaria as acusações contra a IBM por haver
subornado oficiais do governo chinês e sul-coreano em troca de facilidades na
assinatura de contratos públicos de venda de computadores, violando a Lei de
Práticas de Corrupção no Exterior.
O acordo prevêmulta no valor de US$
10 milhões para encerrar o processo civil movido contra a IBM.
2) Apple apresentou
recurso a Justiça dos Estados Unidos que se nega a proceder julgamento ao
pedido de proibição das vendas dos produtos da Sansung no país. O pedido está
fundamentado nos termos da sentença da corte de São Jose, na Califórnia, que
condenou 26 produtos da Sansung por quebra de patentes e multou a empresa coreana
em mais de US$ 1 bilhão.
3)
A Nokia e a Research in Motion -RIM - fabricante
do Blackberry, conseguiram alcançar acordo no processo de patentes aberto pela
empresa finlandesa. A fabricante acusava sua concorrente de quebrar suas
patentes de tecnologia Wi-Fi. As ações judiciais corriam no Reino Unido, Canadá
e nos Estados Unidos, após um órgão regulador sueco indicar a possibilidade de
bloquear as vendas do Blackberry devido ao abuso praticado no campo da
propriedade intelectual.
No mundo virtual, cescem as práticas de
cópias, piratarias, atos abusivos de preços e distribuição. A tecnologia transforma-se
na nova forma de legalizar os monopólios e evitar a concorrência, enquanto os copiadores apropriam-se de inventos e idéias alheias. O espírito de Natal não alcançou o mundo virutal, até agora.
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