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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dólares chegam timidamente ao país


Fluxo cambial é modesto,
no início de julho
As exportações estão realmente em queda, embora o fluxo cambial mantenha-se no território positivo, com apenas US$ 396 milhões, nessa primeira semana do mês julho.
O câmbio financeiro respondeu por US$ 386 milhões de todo o resultado líquido, enquanto o comercial contribuiu com míseros US$ 10 milhões.
A fragilidade do comércio exterior brasileiro é patente. Não basta chamar somente a desaceleração da economia internacional para explicar essa queda. Foram muitos anos de defasagem cambial que, sobretudo, desestimularam os esforços exportadores.
Claro que outros fatores concorreram para esse resultado, mas o elemento determinante ainda é a taxa cambial. Hoje deveríamos ter o câmbio minimamente na casa dos R$ 2,50, por dólar americano. Portanto, a defasagem permanece ainda muito forte e explica o acanhamento do saldo comercial de US$ 10 milhões para a primeira semana de julho.
Sem a definição de uma política industrial clara, determinando rumos para o comércio exterior brasileiro, nada mudará. Desonerações tributárias, reduções de encargos, queda de juros, elevações das tarifas de importações, proteção às compras nacionais não são suficientes, embora sejam desejáveis, para reanimar a competitividade nacional.
Não há mais espaço para cuidar apenas das emergências. O país precisa reaprender o planejamento econômico e a fazer política e programação da nossa economia.

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