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terça-feira, 17 de julho de 2012

Puxa-puxa financeiro

Cuidado. Puxa-puxa costuma
quebrar os dentes.
Na sexta-feira, as notícias que chegavam da China animaram os investidores levando o Ibovespa para cima. Ontem, 1º dia útil após a alta, as notícias sobre a economia chinesa cobraram de volta os ganhos oferecidos na véspera. A queda foi de 1,7%.
O mercado reagiu mal às declarações do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, dando conta de que a recuperação chinesa não é estável e que a situação pode se estender por mais algum tempo.
Para piorar um pouco, os Estados Unidos entraram na ciranda das notícias de ontem, informando que as vendas do varejo do país caíram 0,5%. Foi o terceiro recuo seguido. No meio da manhã, ganhou força a previsão do FMI, reduzindo as expectativas de crescimento do PIB mundial, para esse ano, de 3,6% para 3,5%.
 Para ser realista, o cenário externo não trará elementos para incentivar uma recuperação na bolsa brasileira, mas a expansão da economia nacional, que está prometida para o segundo semestre, pode produzir surpresas muito agradáveis. Veja-se, por exemplo, que os juros caíram significativamente nesses últimos meses, que a inflação está sob controle e que, em junho, os investimentos externos diretos alcançaram US$ 6,5 bilhões, sem interromper a desvalorização do real. Portanto, a bolsa pode, como costuma fazer, surpreender a todos positivamente. Fiquem “antenados” nessa perspectiva, mas cuidado para não quebrar os dentes.

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