Cuidado.
Puxa-puxa costuma
quebrar os dentes.
Na
sexta-feira, as notícias que chegavam da China animaram os investidores levando
o Ibovespa para cima. Ontem, 1º dia útil após a alta, as notícias sobre a economia
chinesa cobraram de volta os ganhos oferecidos na véspera. A queda foi de 1,7%.
O
mercado reagiu mal às declarações do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao,
dando conta de que a recuperação chinesa não é estável e que a situação pode se
estender por mais algum tempo.
Para piorar um pouco, os Estados Unidos
entraram na ciranda das notícias de ontem, informando que as vendas do varejo
do país caíram 0,5%. Foi o terceiro recuo seguido. No meio da manhã, ganhou
força a previsão do FMI, reduzindo as expectativas de crescimento do PIB
mundial, para esse ano, de 3,6% para 3,5%.
Para
ser realista, o cenário externo não trará elementos para incentivar uma
recuperação na bolsa brasileira, mas a expansão da economia nacional, que está
prometida para o segundo semestre, pode produzir surpresas muito agradáveis.
Veja-se, por exemplo, que os juros caíram significativamente nesses últimos
meses, que a inflação está sob controle e que, em junho, os investimentos
externos diretos alcançaram US$ 6,5 bilhões, sem interromper a desvalorização
do real. Portanto, a bolsa pode, como costuma fazer, surpreender a todos
positivamente. Fiquem “antenados” nessa perspectiva, mas cuidado para não
quebrar os dentes.
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