Mecanismos de resgate começam a ser
definidos na Europa
Líderes europeus decidiram que os
empréstimos deverão ser realizados prioritariamente pelo fundo EFSF - Fundo
Europeu de Estabilidade Financeira - e só depois pelo do ESM - Fundo Europeu
de Estabilidade. A decisão também retira do ESM o direito de preferência aos
recebimentos de credores insolventes. Ou seja: o mico fica para os dois
mecanismos e não só para o EFSF, em caso de quebra.
Mais interessante ainda é que a
decisão permitirá que ambos os fundos de resgate façam seus empréstimos
diretamente aos bancos espanhóis para recapitalizá-los, sem aumentar a dívida
soberana espanhola. E é nessa direção que se pensa reestruturar a dívida
irlandesa. Ao decidir dessa maneira, os líderes europeus promovem uma distinção
entre resgate a bancos do país e resgate ao próprio país.
Em relação aos países, os fundos do
ESM e do EFSF poderão comprar títulos da dívida de países, produzindo a redução
das taxas de juros pagas por eles no mercado financeiro. As dívidas crescedrão mais devagar, abrindo espaços fiscais para ações voltadas à recuperação econômica.
As decisões são marcadas por uma capacidade criativa de dar inveja ao "jeitinho brasileiro" de solução a problemas e impasses.
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