Com a Europa “dando
um tempo”,
vamos olhar para a China
O crescimento chinês
continua desacelerando. As exportações continuam em queda. Mais uma vez nesse
ano, o país aponta para a redução na expansão do emprego. O ano é de transição política e prevê mudanças
de grande expressão no cenário do país. Já há quem aposte
no PIB crescendo em torno de 7,5%.
A desaceleração
chinesa está refletindo uma retração econômica multisetorial, resistindo à
ampliação dos investimentos públicos em infraestrutura e à flexibilização de
sua política monetária, que controla juros e expande o crédito.
O que parece
haver acontecido é que todos os estímulos até agora oferecidos par o
crescimento chinês não foram suficientes para substituir as perdas de
quantidades vendidas ao mercado externo. Europa e Estados Unidos, imersos em suas
respectivas crises, reduziram suas compras, revelando a dependência chinesa ao mundo capitalista. As perdas dessas vendas deixam
imaginar que o protagonismo do país deve aumentar na OMC. A delegação da China
tem sido passiva e silente nas questões levadas à OMC. Tudo favorecia o
país. Isso já não acontece mais e as disputas por mercados agravaram-se com a
retração da demanda internacional.
Daqui para
frente, A China, como o Brasil, precisarão colocar seus pesos sobre as próprias pernas
e, portanto, em ambos os casos o crescimento vai estar associado à consistência e à propriedade
de suas políticas fiscais e de medidas pontuais, com efeitos contra-cíclicos
localizados.
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