Revisar
planejamento desse jeito
é fazer recuperação
O Ministério do Planejamento apresentou a revisão de suas projeções. É de se perguntar qual o interesse de conhecer, no início de agosto, os números da economia no final do ano? Trata-se de prever o presente.
Seja como for, a revisão feita aponta para direções
contrárias aos pressupostos assumidos no início do ano para o ambiente
macroeconômico nacional. As variações dos números deixam entrever um erro sistemático,
decorrente de viés infiltrado na previsão, pelo desejo e pela esperança de um
Brasil melhor.
O PIB foi revisado de 4,5% para 3,0%. O câmbio
estava previsto em R$ 1,76, na média anual. A nova previsão fala em R$ 1,95. A
Selic seria inicialmente de 9,86% na média do ano, foi para 8,86%.
As receitas totais foram reduzidas em R$ 4,0
bilhões, número maior que o orçamento de muitos ministérios. A explicação dada
é sempre a mesma: desaceleração do ritmo da atividade econômica. Apenas as
receitas previdenciárias foram ajustadas para cima, puxadas pelo crescimento da
massa salarial.
Comparadas ao que pensa o mercado, essas
previsões ainda são otimistas. Se for, ainda temos a possibilidade de cursar
uma dependência no ano que vem.
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