Frustrações,
promessas e expectativas
Frustrações:
As vendas de novas casas é um indicador sempre esperado nos Estados Unidos.
Desempenhos positivos nesse setor trazem muito ânimo aos mercados. Mas, ontem,
as vendas de casas novas de junho apresentaram queda de 8,4% em relação ao mês
anterior. As pessoas físicas demonstram com isso sua aversão a assumir
compromissos de longo prazo. Parecem não confiar nas suas rendas futuras.
Outro
número muito esperado é o Estoque Semanal de Petróleo. Quando os estoques caem,
de modo geral, admite-se que a economia esteja com um ritmo de atividade mais
intensa, demandando energia em maior quantidade. Claro que isso é apenas uma
consideração inicial, pois é preciso acompanhar o ritmo da produção que, de
modo geral tem uma certa regularidade, tornando crível a hipótese inicial. Os
estoques de petróleo nos Estados Unidos acumularam 380 milhões de barris, na
terceira semana julho. Esse estoque é considerado excessivo. Reflete o
baixo crescimento do país e sinaliza para a redução da produção.
Promessas:
No ar paira a promessa de Bernanke sobre a prontidão do Fed para produzir novos
estímulos à economia.
Medidas monetárias
revelaram-se apenas paliativas. Na Europa, foi a vez de Ewald Nowotny, membro
do Conselho do Banco Central Europeu, salvar o mundo com seu discurso em tom
decisivo. Deixou claro (com o dinheiro dos outros) que o fundo permanente de
ajuda à Zona do Euro (ESM) poderia receber uma permissão para tomar empréstimos
do Banco Central Europeu. Quis dizer ao mercado que dinheiro não faltará. Parece
até que o Banco Central é dele.
Expectativas:
o mundo todo espera pela divulgação de dados sobre o crescimento do PIB do
país. A saída poderia se dar por aí, entendem.
Como se na China não houvesse
inflação, queda de renda, desemprego e falta de investimentos. Claro que
precisamos ser esperançosos e, por que não, sonhadores? Entretanto, a realidade
e as condições fáticas, em economia, sempre limitam nossa imaginação.
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