Isso aí! Chega! Deixa o paí crescer.
Voltava
pela Avenida Aricanduva. O sinal fechou. Olhei à direita e, encostado no muro
que separa a casa da rua, vi um homem olhar em direção à sala. Seu olhar buscava
a cozinha e ele gritou: “Traz a ampola, nega!”.Em algum cemitério da cidade, o corpo putrefato do Estevam virou. “Tô fora da decisão da Libertadores. Sem terceiro tempo, sem nada.”
Agora
a economia deve pegar no breu! Mantega e suas previsões nunca incluíram a variável
determinante do crescimento. O otimismo popular!
Taí.
A inadimplência que vá ao inferno. Ao consumo, galera. O Coringão levou a taça!
E a economia vai retomar.
Acordei.
Tudo
“continuava como d'antes, nol quartel de Abrantes”.
Crédito seletivo, montadoras demitindo, bancos preparando as demissões, siderurgia
enxugando e, no campo, a área plantada sofrendo reduções. O consumo de insumos
também.
Menos
produto, por hectare. No sistema de saúde, o caos está instalado. A educação
acompanha a saúde. A insegurança cresce. Ônibus são incendiados todos os dias e,
todos os dias, policiais militares são mortos. Quartel é incendiado no Pará.
Dilma
reina no Mercosul. Está preocupada com a democracia no Paraguai. A democracia é
fundamental no bloco. O Corinthians é o campeão da Libertadores. O futebol é o
ópio do povo.
Precisamos
organizar um congresso de estudantes. Que tal em Ibiúna? Para presidi-lo,
Patriota na cabeça, Dilma na vice-presidência.
Enquanto
isso, no Paraguai, se expulsa o embaixador venezuelano. O próximo pode ser o
brasileiro. Na Bolívia, a Petrobras não entra mais. No Peru, o candidato
socialista finge não ver nada.
Viva
a anarquia, viva as ideologias. Pragmatismo é coisa do Corinthians. Ganhou e
isso basta.
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