Previsões, advinhações e projeções

Semaninha braba, essa aqui!

Estados Unidos continua consistentemente sua lenta recuperação. O mercado de trabalho hoje falou alto. Foram criadas 290 mil vagas de trabalho no mês de abril. Sem dúvida, as bolsas deveriam ter comemorado. Não foi o que aconteceu. O desemprego já está abaixo dos 10%. Mas a Europa, com suas indecisões, atrapalha tudo. Semeia o pânico entre os investidores assustados. No Brasil, o IPCA de abril ficou em 0,57%. A produção industrial cresceu em 12 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE.
Na Europa, a Grécia assumiu a cena e continua a dar o tom nos mercados internacionais. A expectativa com a reunião dos países da zona do euro levou cautela aos investidores. Isso afetou o Ibovespa. Na semana, o índice apresentou queda de 7%. É hora de entrar na bolsa? Não. Há espaço para quedas ainda maiores. Prepare suas reservas. Logo, logo, teremos que aproveitar os preços.
A reunião para discutir a crise na Europa paralisa o mercado. O investidor sobe no muro. Não havendo demanda os preços vêem para baixo.
A criação dos 290 mil postos de trabalho nos Estados Unidos não trouxe nenhum alento ao mercado. Para a próxima semana, poderemos esperar por alguma recuperação?
Prever é coisa para vidente, não me animo a fazer afirmações definitivas. Mas, aviso que a semana trará alguns dados importantes. No Brasil, serão divulgados indicadores inflacionários como IPC-S da 1ª semana de maio, o IGP-M referente à 1ª prévia de maio, o IPC-Fipe também da 1ª semana de maio e IGP-10. Em todos esses casos, os alimentos, que até agora pressionaram muito os preços, devem oferecer uma trégua à inflação.
Também serão publicados a pesquisa de Emprego Industrial do mês de março e a Pesquisa Mensal de Comércio referente ao mesmo mês.
Nos Estados Unidos, serão divulgados os Estoques no Atacado (março), a Balança Comercial de março, o Relatório Mensal de Orçamento de abril, o índice de Preços de Importados, também de abril, os Pedidos semanais de Auxílio-Desemprego, as Vendas no Varejo de abril, a Produção Industrial e a Utilização da Capacidade Instalada do mesmo mês. Finalmente a Confiança do Consumidor de maio e os Indicadores de Estoque de março.
Vamos esperar. Vai dar trabalho entender tudo isso, até porque muita coisa deve vir com sinais trocados.