Yuan sob pressão, mais uma vez
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anuncia mais um agravamento do déficit na corrente de comércio americana. A recuperação da demanda implicou o aumento das importações.
Em março, A balança comercial apresentou déficit de US$ 40,4 bilhões. Um número e tanto. O déficit acumulado de 2010 é de US$ 116,5 bilhões. Considerado os últimos 12 meses, contados de março de 2010 a março de 2011, o déficit alcançou a cifra de U$ 403,2 bilhões.
O diagnóstico aponta a China como o maior problema de comércio dos Estados Unidos. Só em março, o déficit com a China é de quase US$ 17,0 bilhões. E, nos 12 meses, contados retroativamente a partir de março de 2010, o déficit foi de aproximadamente US$ 225,0 bi. Mais de 50% do total.
Esses dados apontam para a subvalorização da moeda chinesa e, portanto, será um argumento fundamental para os Estados Unidos pressionarem a China a valorizar sua moeda.
O Departamento de Comércio mostra ainda que as exportações em março somaram US$ 147,8 bilhões, alta de 3,2% sobre o mês anterior e de 20,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto as importações somaram US$ 188,29 bilhões, o que significa expansão de 3,1% e de 24,2%, respectivamente.
Não há mais porque sustentar essa assimetria. Ou os Estados Unidos penaliza a desvalorização excessiva do yuan ou não há saída para a crise. Toda a OMC luta, durnte anos, para baixar a tarifa média do mundo em 10%. Enquanto isso, a China desvaloriza a moeda nacional em 30%. Um desrespeito ao livre comércio. É momento de por um basta nisso.
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