Os números já adiantavam: o problema
chinês é a inflação.
O crescimento chinês não está arrefecendo como se anuncia. A inflação acumulada até maio chegou a 5,5%. Exportando tanto como está, a China aumenta a liquidez de seu sistema financeiro e reduz a oferta interna de seus produtos e serviços. Resultado é a alta generalizada dos preços internos.Diante dessa alta de preços, o Banco Central da China elevou em mais 0,5% o depósito compulsório dos bancos do país. E podemos apostar que isso só não será suficiente. Vai ter também que aumentar os juros de seu sistema econômico.
Embora haja uma queda do volume de empréstimos bancários na última semana, não se pode concluir que o consumo tenha esfriado na mesma proporção. Claro que crédito e consumo estão ligados. Entretanto, se a economia está crescendo em função das exportações, essa relação direta acaba mascarada, uma vez que a renda, graças aos salários pagos pela atividade exportadora continuam crescendo.
A China vive o problema do excesso de liquidez interna. O estoque de moeda circulando é alto e os preços tendem a subir. A redução dessa liquidez passaria por importar mais e exportar menos. Isso supõe o ajuste cambial pedido pela comunidade internacional, há muito tempo.
Continuar subindo juros internamente levará o país a conviver com capitais especulativos crescentes em sua economia, agravando o problema inflacionário. O receituário mais óbvio seria manter o aperto monetário, ajustar a taxa cambial e produzir um choque de oferta no médio prazo. Fácil, não?
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