Análises têm que verificar fatos.
O indicador de risco-País caiu três pontos ontem, fechando
em 162 pontos-base. Já havia caído nas duas sessões anteriores.
De alguma forma, essas quedas refletem o aumento da nota da dívida soberana brasileira, concedida por mais uma agência de risco na semana anterior. No frigir dos ovos, eis um país que recupera a certeza sobre
a estabilidade de sua moeda, sobre a contenção de seus preços e renova sua
convicção em seu crescimento, embora sabendo que será mais lento.
Para os que sofrem de maus presságios - agourentos do azar-, ficam dúvidas: a
inflação menor recupera o poder aquisitivo, a expansão do emprego e os tamanho dos aumentos
negociados com diversas categorias levarão ao consumo maior. Os preços tenderão a subir, renovando pressões inflacionárias. Francamente, é muito cedo para fazer essas
previsões.
Se for para abusar do direito de fazer predições, por que o mau
humor desses senhores não pensou também em sentido contrário. Bastaria lembrar dos
capitais que estão deixando o país, com o anunciado fluxo cambial negativo. Ao sair, o país pode ter uma desejada redução da liquidez e uma valorização do dólar. Menos inflação e mais competitividade.
Vamos aos fatos: a avaliação de risco da dívida soberana foi aumentada há poucas semanas por uma agência de ratings. Outra, dias atrás, confirma o aumento. O indicador risco-País caiu. O Global 40
está em alta. Não há como negar o restabelecimento do equilíbrio econômico
brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário