Mercosul sob invasão comercial: ameaça externa é o motivador das mudanças
Trata-se da 41ª cúpula do Mercosul, no Paraguai.As maiores motivações dos países-membros são a recessão nas nações desenvolvidas e a invasão dos produtos chineses na região. Estamos com 20 anos (1991-2011) de esforços políticos e diplomáticos para caminhar muito pouco. Apenas US$ 45 bilhões em trocas comerciais internas, em 2010. Para 2011, as previsões oficiais falam em US$ 50 bilhões. Deus queira que sim.
O Bloco compõe-se do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Bolívia e Equador são Estados associados do Mercosul, assim como Chile, Colômbia, Peru e Venezuela. Não estarão presentes os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Cristina Kirchner. Ambos com problemas de saúde.
Na pauta, medidas que visam proteger a região das posturas dos Estados Unidos, da União Europeia e de países asiáticos, que tradicionalmente exportam para o Mercosul, mas são refratários às nossas exportações. Todos disputam, dada a recessão mundial, o mercado dos países latino americanos com muita avidez. Esse mercado cresceu na casa dos 8%, em 2010, e atrai a atenção dos grandes exportadores.
As discussões devem contemplar além dos aspectos econômicos, parcerias comerciais e a defesa dos programas de políticas sociais voltadas para a questão da inclusão. Ao final do encontro, o Paraguai passará o comando temporário do Mercosul para o Uruguai. O bloco também quer garantir o livre trânsito fluvial e terrestre de mercadorias, que sempre foi o desejo de economias menores da união aduaneira sul-americana. Seria um grande avanço, sem dúvida.
Dessa vez o bloco parece querer caminhar, resolvendo suas disputas comerciais e seu protecionimo crescente.
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