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domingo, 25 de setembro de 2011

Auspicioso, em meio à crise

Investimento externo direto em alta
O Banco Central aumentou sua previsão para o investimento estrangeiro direto. A previsão anterior falava em US$ 55 bilhões para o final de 2011. A nova estimativa é de US$ 60 bilhões.
Curioso observar que vivemos, desde a 3 semanas, um intenso movimento de remessa de lucros e dividendos para o exterior, realizado por empresas estrangeiras aqui instalada. Outras, entretanto, no contra fluxo, enviam recursos para aplicação no setor produtivo. Faz pensar que quem saiu, saiu para socorrer suas casas matrizes.
Nos sete primeiros meses desse ano, o investimento estrangeiro direto alcançou o valor de US$ 44,085 bilhões. O total desses investimentos em 2010 foi de US$ 48,438 bilhões.
São dados relevantes na medida em que os investimentos externos garantem novos empregos e, de modo geral, acabam trazendo consigo um nível maior de tecnologia para o país.
Mas vamos recordar alguns números que foram muito divulgados em passado recente:
1)- Para o Brasil crescer a um ritmo de 3% ao ano, precisaria poupar cerca de 18% do PIB e a poupança estava em 16%. O governo havia contribuído negativamente com esse número, poupando (-2,0%).
2)- Para crescer 5% a 5,5%, precisaria poupar 23% a 25% do PIB (as estimativas variavam em torno desses valores mínimos e máximos). Nesse caso, um IED de 2,43%, como o previsto para esse ano, faria uma diferença razoável.
Lembro também que esse é o dinheiro sadio que entra no país para ampliar nosso desenvolvimento econômico.
Quanto à especulação financeira, que só aprecia artificialmente nossa moeda e reduz a competitividade do país, o Bacen também fez novas avaliações:
1)- A previsão para investimento estrangeiro em ações negociadas em bolsas de valores do Brasil e do exterior, é US$ 5 bilhões. De janeiro a agosto, houve ingresso de US$ 4,571 bilhões. A previsão anterior, que envolviam ações e títulos negociados no país, era US$ 7 bilhões.
2)- De janeiro a agosto, a saída líquida fooi de US$ 108 milhões, nos títulos de renda fixa. De modo geral, esse investimento está associado às operaçõe de arbitragem do juros, em reais.
O resultado disso foi uma evolução do mercado cambial, que acompanhadas das medidas cambiais e dos últimos acontecimentos mundiais trouxeram o dólar para um patamar de R$ 1,85 a R$ 1,90.
Podemos concluir que a saída do capital nocivo à moeda nacional se acelerou em setembro e o que IED pode avai mesmo aumentar, como quer o Bacen.

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