A propósito do superávit,
convém lembrar da dívida
A dívida líquida do setor público , em agosto, caiu 0,2 % em relação ao PIB. Findo o mês de agosto, a dívida líquida era de R$1,5 trilhões, equivalente a 39,2% do PIB.É uma notícia que deve ser comemorada. Num dos piores meses para as contas públicas, a dívida não aumentou, ao contrário reduziu-se, mesmo que levemente.
No ano, a dívida em relação ao PIB reduziu-se em 1%. É pouco, muito pouco. Mas é melhor que vê-la crescer.
Segundo o Banco Central " o superávit primário acumulado contribuiu para essa redução com 2,4 pontos percentuais do PIB; o efeito do crescimento do PIB corrente, com 2,8 pontos percentuais; e a variação na paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida, com 0,3 ponto perentual. Essas reduções foram compensadas, parcialmente, pelo aumento de 4,1 ponto percentual do PIB nos juros nominais apropriados e pelo efeito da apreciação cambial de 4,7% registrada no período, com impacto de 0,5 ponto percentual do PIB".
Portanto, as causa estão identificadas claramente. A política monetária de juros tão altos perjudica as iniciativas de redução da dívida e a apreciação cambial tão alta que vivemos até recentemente acaba poir agravar essa situação.
A expectativa é que o COPOM reduza a Selic em 0,5% e que os capitais especulativos internacionais continuem a nos dar trégua. Sairemos fortalecidos da crise.
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