Resta saber se haverá acordo
político para a emissão
de eurobônus
político para a emissão
de eurobônus
Embora a discordância
alemã, a Comissão Europeia está desenvolvendo estudos para a criação do novo
título. Na verdade, a crise das dívidas no Velho Continente não deixa muitas
alternativas e exigem a busca de novas fontes de recursos, a custos
compatíveis com a capacidade de
pagamento dos países-membros. Dois grupos foram criados dentro da divisão de
Assuntos Econômicos e Monetários para
avaliar os efeitos desses títulos sobre as obrigações fiscais a serem assumidas
de maneira adicional pelos países. As maiores dificuldades de implantar essa
solução estão associadas aos limites da soberania fiscal, uma vez que a
garantia comum exigida pelo papel não
poderia responsabilizar cada Estado-membro na proporção de sua dívida.
Com os eurobônus
pretende-se estabelecer um sistema de dívida pública comum que expresse a
solidariedade da zona euro, igualando os custos de financiamento para maior
parte das emissões nos vários países que compõem a região. A Alemanha é contra e dá para entender suas
razões.
Desde final
de 2009, os custos de financiamento da dívida, que até aquele momento haviam permanecido iguais, começaram a disparar em países onde os investidores reconheciam uma probabilidade
maior de calote. A análise dos custos pagos atualmente deixa claras as
dificuldades que a proposta dos eurobônus
vai enfrentar: a Grécia paga juros hoje maiores de 18% pelos seus bônus de 10 anos, enquanto a Espanha e a Itália
pagam mais de 6%. A Alemanha, apenas
2%, já que conseguiu reduzir os custos de seu financiamento.
Lá, como
aqui, socializar prejuízos e dívidas, é sempre visto como primeira solução.
Fica fácil para o perdulário e injusto com quem constrói poupanças.
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