Pré-sal
turbina Rio de investimentos
Veículo:
NN A Mídia do Petróleo - Data: 13/09
Fonte:
NN - Rodrigo Leitão
Durante
décadas, a cidade do Rio de Janeiro, viveu um esvaziamento – perdeu levas de
empresas se setores de serviços, como finanças e publicidade, para outras
capitais brasileiras. Em 2003, num levantamento feito pela consultoria Deloitte
com 700 maiores empresas da cidade, só 16% dos executivos acreditavam que o
investimento estrangeiro iria aumentar no Rio nos anos seguintes. O cenário
começa a mudar com os investimentos na extração da camada pré-sal e o que a
descoberta representa em termos de formação de cadeias de fornecedores dos mais
variados segmentos da economia, como construção naval, siderurgia e não podemos
esquecer a Copa e as Olimpíadas.
Em
entrevista ao NN, o diretor-presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, Celso
Grisi, afirmou que, o Rio de Janeiro vive um momento de prosperidade muito
forte, sobretudo com o pré-sal. Segundo Grisi, a Copa e as Olimpíadas ativarão
a economia regional fortemente, mas depois passa, e o que vai ficar mesmo é a
indústria petrolífera que vai se desenvolver com grande vigor na costa do Rio
de Janeiro, e também vai atingir Santos que vive um boom imobiliário muito
grande em função disso tudo.
De
acordo com o diretor, o crescimento do Rio é benéfico também para a cidade de
São Paulo, porque o Estado vive fortemente dos serviços do parque industrial.
“É um momento que o Rio de Janeiro vai ampliar suas demandas à indústria
paulista, trazendo muitas vantagens para a cidade”. Segundo Grisi, com a região
Sul, Nordeste, as regiões agropecuárias e a costa brasileira com o pré-sal,
deve trazer uma redução do PIB do Estado de São Paulo, mas isto não quer dizer
que o PIB vai ficar menor, ao contrário vai continuar crescendo, mas é porque
as outras áreas cresceram mais fortemente.
Entre
as grandes cidades brasileiras, o Rio é a que mais coloca dinheiro na ampliação
da capacidade industrial e da infraestrutura, como nas obras de melhoria de
acesso ao porto. Os investimentos desse tipo devem fechar 2011 em 26% do PIB
municipal, índice bem superior aos 20% de São Paulo e 18% do Brasil. A
arrecadação subiu para 30% entre 2008 e 2010, em comparação com 13% do Brasil.
No ano passado, a renda média do carioca chegou a R$ 1,682 mensais e superou a
do paulistano (R$ 1.667). Semana passada, uma reportagem da revista britânica
The Economist registrou essa virada. “Pela primeira vez em décadas, a Cidade
Maravilhosa parece atraente para negócios”.
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