O
abandono de paradigmas anteriores
Abandonar
o que sempre funcionou não é realmente fácil. Baixar juros em desconsideração às pressões
inflacionárias sugere críticas. Entre elas estão a perda de autonomia do Banco
Central, a prioridade ao crescimento em detrimento ao combate à inflação, a
necessidade futura de novos aumentos da Selic para combater os movimentos dos
preços provenientes da redução de 0,5%
na taxa Selic, etc.
Não
se falou, contudo, que o custo da dívida vai reduzir-se expressivamente, nem
tampouco se falou da redução do influxo de capitais especulativos e da
apreciação do dólar que poderiam iniciar um gradual, ainda que lento processo
de recuperação de nossa competitividade face aos produtos estrangeiros.
Também
não se falou da ampliação do superávit primário em R$ 10 bilhões para esse ano,
ampliação que tanto favorece a conversibilidade da moeda nacional.
Ademais,
a taxa de juros futuro já estava em queda desde messes atrás. E mesmo que a
inflação recrudescesse, haveria a possibilidade do contingenciamento do crédito
que continua se expandindo. Por outro lado, sinais de arrefecimento do ritmo
econômico do país já se confirmaram.
Resta
saber, por que não haveríamos de buscar por novas alternativas de combate à
inflação que não o juro. Inaugurou-se uma nova prática ao tratamento das altas
de preços: a política fiscal. Vamos tentar? A produção seria incentivada, o
dólar valorizado, a dívida pública reduzida, o consumidor aliviado de seus despropositados
encargos financeiros, a competitividade ampliada. A quem interessa - se não aos
especuladores, manter o estado atual? São eles que estão chiando!
Nenhum comentário:
Postar um comentário