Dólar
apreciado ficou sem explicação
O
dólar manteve sua trajetória de alta, subindo para a
inesperada cotação de R$ 1,7150. A alta, em um só dia, foi de 2,02%.
Essas variações abruptas sempre se referem
a dinheiro do “turismo” financeiro, que vem ao Brasil para uma descompromissada
temporada especulativa, dando curso a movimentos cambiais indesejados. O pânico
internacional exacerba a percepção de risco e esses capitais, engordados pela
Selic, voltam a seus países de origem.
Alguém poderia cogitar que o sinal
emitido pelo COPOM, reduzindo em 05% a Selic, teria pelo menos contribuído para
dar causa a esse evento. Não li nem ouvi comentários que pudessem elogiosamente
referir-se esse episódio.
Ao contrário, o temor é que essa
cotação da moeda norte-americana acelere, de mãos dadas com a redução dos juros
nacionais, a inflação no país. Agora não se fala em recuperação da
competitividade dos preços do produto brasileiro, também não se fala que a
apreciação do dólar poderia preservar o emprego do trabalhador nacional.
Igualmente, o esforço da redução dos juros não traz benefício algum, apenas
ameaça o equilíbrio dos preços. Estranho, não?
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