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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Step by step 4

Ontem foi a vez dos Estados Unidos.
O Comitê Federal de Mercado Aberto, conhecido pela sigla Fmoc, deixou o mundo ver suas interpretações e angústias com a economia do país.
1)- a atividade econômica se expande em ritmo apenas modesto, embora consistente, nos últimos meses.
2)- o emprego tem a mesma velocidade e a taxa de desemprego não cede de maneira significativa.
3)- os gastos das famílias avançam, mas não dão segurança de continuar a fazê-los.
4)- as ameaças inflacionárias são remotas e estão, por esses momento, afastadas, pela baixa demanda norte-americana. As variações de preços encontram explicações nas suas próprias sazonalidades.
5)- o nível de investimento privado continua a cair.
6)- imóveis novos e usados continuam sendo ofertados em quantidades muito superiores à demanda.
Não havia mais como continuar na tribuna de honra, assistindo privilegiadamente ao espetáculo que o marasmo econômico do país apresenta ao mundo e, sobretudo, ao eleitor do país.
O crescimento há de ser mais forte para estimular o emprego, sem comprometimento da estabilidade dos preços. Para isso, o Comitê ainda entendeu que os Estados Unidos não contam com os mercados globais, dadas suas perspectivas contracionistas.
Esse quadro tornou imperativas as medidas de intervenção monetária, por meio da compra de US $ 40 bilhões, por mês, de participações de dívida de agências em títulos lastreados em hipotecas. Isso sim pode fazer do QE3 um instrumento muito mais eficiente que seus homólogos anteriores. Ademais, o Comitê elevou sua participação nos títulos de longo prazo, em $ 85 bilhões por mês, até o final desse ano. É liquidez para ninguem botar defeito.
Tudo isso deve, quase que imediatamente, levar as taxas de juros de longo prazo para baixo e reanimar o mercado imobiliário. A liquidez pode ampliar o consumo e provocar investimentos novos. Oxalá seja assim!

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