Baixar
juros para endividados,
pré-falimentares
O
feriado da Independência fez a semana encerrar um dia antes no Brasil. Que
semana!
A
Europa, enfim, acordou de seu longo período de letargia. O presidente do Banco
Central Europeu, Mario Draghi, anunciou que a instituição lançará programa para
compra de bônus soberanos de países endividados. A Alemanha, dessa vez, foi
derrotada, dado que as compras se farão sem limites pré-definidos. Envolverão,
por outro lado, títulos de curto prazo, com vencimento de até três anos. Tudo será
feito no mercado secundário, sob o nome pomposo de Transações Monetárias Completas.
O pacote é claramente voltado aos países sobre-endividados, que precisam ter suas dívidas financiadas a custos inferiores. Países como Espanha, Grécia e Itália pagam juros tão altos para se refinanciarem que deixam dúvidas a respeito de suas recuperações.
A medida impõe a necessidade dos países beneficiados manterem seus compromissos com os programas de ajustes acertados até agora e os submetem suas políticas às supervisões das autoridades europeias.
O
excesso de liquidez que esse financiamento poderia provocar, e que também explica
a oposição dos alemães, será compensado, segundo Draghi, pela redução dos outros
recursos que vinham sendo oferecidos pelo Banco Central Europeu, a esses países.
Duas
questões remanescem como preocupações centrais sobre essa decisão. A renúncia à
preferência que o BCE teria para receber seus empréstimos em caso de default e a
inconformidade da medida com os estatutos da instituição que veda o
financiamento indireto aos estados-membros da UE.
A
semana teve um final feliz e os mercados fecharam, em todo o mundo, em clima de
casamento entre mocinhos e mocinhas, para viverem felizes para sempre.
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