Melhor conter o problema, evitando contágios
A Alemanha opõe-se ao programa recompra de
bônus de países europeus endividados, lançado por Mario Draghi, no final da
semana que passou. Insiste na implantação de medidas de austeridade fiscal nesses
países como único meio de corrigir, mesmo que no longo prazo, os descalabros financeiros
em que se meteram nos últimos anos.
Não deixa de ter razão, entretanto
será preciso considerar os custos sociais das medidas propostas, sem que se
preste algum socorro adicional aos países em desgraça.
Talvez fosse preciso lembrar
aos alemães que não se trata de punição aos malfeitores do dinheiro público,
mas apenas da busca por soluções aos problemas criados por esses políticos aos
seus povos. A conta não será paga pelos governantes, mas por toda a população
desses países.
É verdade que os estímulos são
necessários para reduzir o impacto da crise sobre as populações dos países
endividados. Também é verdade que, se o default se tornar uma realidade, as
populações dos demais países da União Européia serão atingidas pelo contágio,
deixando efeitos funestos por todo o continente. Os estímulos, portanto, protegem a todos.
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