Estados
Unidos, Europa e China:
empacados entre avanços e recuos.
O
mercado norte-americano mostra-se arredio aos avanços da economia chinesa e
ainda descrente com a situação europeia.
Embora
tenha registrado a criação de 96 mil novos postos de trabalho, os analistas entenderam
esse número como medíocre. Queriam muito mais.
Para
agravar a situação, o volume de crédito ao consumidor, em julho, recuou US$ 3,2
bilhões. O estoque de crédito estaria, então, no final do mês de julho, em US$
2,7 trilhões. Teriam sido responsáveis por esse recuo, as incertezas com o
futuro da renda e do emprego da população.
Esse
estado de coisas sugere a necessidade de que o Fed faça nova intervenção na
economia do país. O discurso de Bernanke, na Conferência Anual de Jackson Hole,
em Wyoming, foi marcado pelo reconhecimento do sucesso das ações anteriores. Deixa
entrever que um novo conjunto de medidas monetárias podem chegar em breve à
economia norte-americana.
A
Europa que não encontra saída para a recuperação de seu mercado interno, busca
alternativa nos Estados Unidos, cuja economia empacou novamente, e na China,
grande importador de produtos europeus. Enquanto a economia norte-americana
anda apenas devagar como uma mula muito velha e muito teimosa, a China divulgou
indicadores com desempenhos modestos, sinalizando para uma desaceleração da
produção industrial e perdas no comércio exterior no mês de agosto.
Pior
ainda é que a única proposta existente para encaminhar soluções de longo prazo
para as grandes dívidas de seus países periféricos encontra-se na Corte Constitucional
alemã sobre o tratado fiscal da Zona do Euro.
Discute-se nesse tribunal a
legalidade do fundo de resgate europeu.
A
impressão que se tem é que os Estados Unidos exportaram a mula empacadora para
o Velho Continente.
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