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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O recado aos bancos é claro (2)


É tempo de juros e spreads menores (2)
Voltando à discussão da postagem anterior, quero lembrar que bancos podem crescer buscando segmentos em expansão no mercado nacional. Esses incluem principalmente os segmentos de rendas mais baixas, capazes de dar escala a sua operação e diluir seus custos fixos. Também, podem buscar pelos segmentos dos mais abastados, conhecidos por private banking, e que crescem em velocidade elevada no país. Embora não seja grande o número desses clientes, eles aumentam rapidamente e suas operações apresentam sempre grande valor.
Outros segmentos de pessoas físicas, embora amplamente disputados, não são desprezíveis, mas exigiriam esforços de renovação dos portfólios de produtos e serviços oferecidos e a concepção inovadora dos modelos de negócios atuais.
Os segmentos empresariais, embora estejam associados a riscos ainda elevados, promete crescer em futuro próximo, alimentando um conjunto de operações que exigiram em passado recente grandes investimentos e que foram se escasseando ao longo dos últimos tempos.
Qualquer que seja a estratégia, em todos os casos, o problema da lucratividade bancária passará pelo combate aos altos custos operacionais, criados a partir do pressuposto de que juros e spreads se manteriam em patamares generosos indefinidamente no país. A crença na permanência da ordem econômica nesse setor, por excesso de otimismo ou confiança, estimulou a expansão dos investimentos e custos bancários. Será preciso reduzir os custos dessas operações, sobretudo, a partir do reconhecimento de que eles são estruturalmente inaceitáveis, conquanto sejam naturalmente agravados pela dimensão geográfica do país e pela dispersão de sua população por esse território.

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