O
dilema inflação versus crescimento
O
IGP-DI de agosto, apurado pela FGV, mostra alta de 1,29%.
O IGP-Di é o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna
e já havia apresentado alta de 1,52%, em julho. No ano, o indicador está em 6,52%.
O indicador assusta, quando tomado os últimos doze meses: 8,04%.
Acresce
a isso, a pressão das commodities sobre
o comportamento dos preços no curto prazo. Grupos como alimentos levam o Banco
Central brasileiro a repensar sua estratégia de continuar baixando a taxa
básica de juros da economia brasileira. Por outro lado, as perspectivas de
crescimento no curto prazo ficam reafirmadas e já se manifestam no recorde da
produção de veículos e na queda dos estoques nos pátios das montadoras e das
concessionárias.
A
produção mostra responder à menor carga tributária e sugere a necessidade de
ampliação das desonerações de forma horizontal.
O
IBGE trouxe outras duas notícias. A produção agrícola estimada para 2012 é de 164,5
milhões de toneladas, representando um crescimento de 0,7% em relação ao
previsto em julho e 2,8% acima de 2011. A agricultura tem contribuído
decisivamente para economia nacional, mas o desejável seria uma rápida
recuperação dos manufaturados em nossa pauta exportadora, para reduzir a
dependência brasileira aos mercados das commodities.
O
fato decorre de elementos relacionados à baixa competitividade brasileira, já
suficientemente diagnosticada e discutida. Essa fragilidade nacional fica mais
uma vez publicamente exposta pelos dados da Pesquisa Industrial Mensal –
Regional, do mês de julho, levada a cabo pelo IBGE.
A
pesquisa revela queda na produção da indústria brasileira em nove das 14
regiões amostradas: São Paulo, com queda na produção industrial de 0,7%; Minas
Gerais, com redução de 0,2%, enquanto o Rio de Janeiro expandiu-se em surpreendentes
4,6%, junho.
Por
fim, merece comemoração a notícia da redução do protecionismo nacional. O
número de produtos protegidos pelo comércio exterior brasileiro está em queda e
referem-se a produtos cujas quantidades exportadas é de menor relevância.
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