O
imobilismo começou pelo
mercado financeiro
Insisti,
na postagem de ontem, que o recado enviado aos agentes econômicos continha
conteúdos ambíguos e contraditórios. E que isso tenderia a imobilizar os
mercados.
Não
deu outra. Os mercados reagiram de imediato. Pararam.
O
mercado dos juros futuros, na BMFBovespa terminou a sessão em queda. A
maioria dos investidores na Selic, ao ler o comunicado, concluiu que o ciclo de
afrouxamento monetário do Banco Central teria chegado realmente ao fim. Mas,
face à disposição das autoridades em voltar a reduzir a taxa básica de juros, se
a economia não mostrar sinais de recuperação, o mercado ficou perdido e agora, desorientado,
suspendeu suas decisões, pendurando a Selic futura na “brocha”.
O
Ibovespa girou apenas um volume equivalente a R$ 3,8 bilhões. E com esse volume
modesto conseguiu alta de 0,39%. O fato foi unicamente atribuído ao feriado
norte-americano, mas há que lembrar que os Estados Unidos já tiveram outros
feriados e os volumes nunca foram tão baixos por isso. O Ibovespa fechou ontem aos
57.281 pontos, mostrando que os investidores esperam por altas nos próximos
dias.
O
dólar oscilou, fechando o dia com pequena alta de 0,1%, aos R$ 2,0320.
Como
os preços dos ativos de riscos na bolsa paulista não caem em meio a tantas confusões,
a conclusão mais razoável é a que os preços continuam represados, aguardando
por definições mais claras do governo, para iniciar um novo ciclo de altas.
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