Banner

Translate

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Brincando com fogo, outra vez

Atrasos na ajuda à Grécia agrava a economia dos países periféricos da UE
A nuvem vulcânica da Islândia impede, pelo menos até a 4ª feira, a reunião dos executivos da EU e do Banco Central. Vôos suspensos provocam a suspensão da implantação das medidas econômicas sugeridas pelo Ecofin. Tais medidas contariam com o apoio de 30 milhões de euros do grupo de países da zona do euro e mais 15 milhões de euros do FMI. Na sexta-feira, o diferencial dos bônus gregos de 10 anos, em relação aos bônus alemão de mesmo prazo, atingiu o record histórico de 457 pontos básicos, com uma rentabilidade oferecida ao investidor de 7,64% ao ano.
Francamente, melhor comprar dívida pública brasileira, com Selic a 8,75%. Descontados os custos dessa transação a rentabilidade não fica tão diferente e o Brasil conta com fundamentos econômicos infinitamente melhores. Falta convencer o investidor que o risco é menor, ainda que seja risco de emergente.
Por outro lado, o atraso afetou os países periféricos do euro, cujos riscos têm alcançados patamares de máximos, comprometendo suas captações. Portugal chegou a ver sua dívida, compara à dívida alemã, atingir os 145 pontos básicos. A Espanha atingiu os 77 e a Itália 87 pontos básicos para seus bônus de 10 anos.
Enquanto isso, no mercado de divisas o euro continua a cair em relação ao dólar. A relação agora é de 1,3435 dólares.
Não se pode deixar a vida econômica correr ao sabor das intempéries. A situação agrava-se muito rapidamente e a Europa é muito lenta em seu processo decisório. Mais uma vez envia o recado equivocado ao mundo: sua experiência de unificação foi uma oportunismo econômico e uma aventura política.

Nenhum comentário:

Postar um comentário