Enquanto UE discute,
o contágio se inicia
Os desempenhos recentes da BM&FBOVESPA denunciam o contágio. Por todo o mundo a percepção de riscos aumenta. Fluxos de capitais começam a inverter suas direções. As notícias sobre a recuperação americana aumentam a percepção a riscos em relação a emergentes e europeus. Os maestros dessa orquestra são as agências de ratings. Ontem a S&P retirou da Grécia o status de grau de investimento. O mercado, como de costume, responde mais fortemente a cada possibilidade de um rebaixamento. Grécia e de Portugal foram postos em desgraça. Em seguida, os olhos se voltarão para a Espanha.o contágio se inicia
Pessoalmente vejo riscos maiores no aprofundamento dessa crise. Lembro que os bancos gregos apresentam posições ativas de grande expressão, como financiadores de países ao leste da Europa. Como lá o mar também não está pra peixe, as posições têm sido giradas. Entretanto, as dificuldades de captação dos bancos gregos aumentam a cada momento. E pode chegar o momento em que as rolagens não sejam mais possíveis em função das dificuldades de liquidez. As soluções para esse novo impasse são várias: os países pagam parte e rolam o restante com os próprios bancos gregos ou por meio de outros bancos; os bancos gregos vendem suas posições ativas a outros bancos com os naturais, e nada modestos, deságios, etc.
Mas nada disso se faz sem algum estresse. Em que nível? Não se pode prever.
Como se costuma falar nos bons rodeios do interior paulistas: "segura peão".
Nenhum comentário:
Postar um comentário