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domingo, 11 de abril de 2010

Grécia ainda pendurada na brocha

Grupo do Euro brinca com fogo
Ministros da Zona do Euro reúnem-se hoje em vídeo conferência com o propósito de definir concretamente a ajuda financeira à Grécia. A intenção é a de aliviar a enorme pressão que o mercado tem feito sobre as obrigações e bônus do Tesouro grego. O país encontra-se na necessidade imediata de refinanciar a dívida pública e para isso terá que captar no mercado internacional. Nesse momento, o ideal é que essa captação tivesse custos bem mais baixos que as últimas captações, realizadas em caráter emergencial, e que fosse contemplada com prazos mais longos.
O primeiro ministro grego, Yorgos Papandréu, pediu, na semana passada, que o pacote de ajuda fosse definido e implementado o mais rápido possível.
Em trermos gerais o acordo implica um conjunto de empréstimos bilaterais, adicionados de um aporte substancial do FMI. Espera-se que não haja grandes surpresas, embora a definitiva má-vontade dos Alemães em relação a qualquer apoio à Grécia.
Fica a impressão de que a aventura em  criar uma zona de intergração, com unidade monetária, acabou mal, e que agora o FMI terá que socorrer todo o bloco. Toda Zona do Euro se demonstrou, diante dos investidores, incapaz de lidar com suas divergências políticas e seus problemas econômicos. A Alemanha assina em baixo, endossando esse reconhecimento. Subvenção, jamais! Cada um dos orçamentos nacionais dos países dessa região estão comprometidos com seus problemas nacionais e já não suportam mais as demandas sociais de suas próprias populações. Por que, então, socorrer vizinhos perdulários?
O mercado internacional interpreta a recessiva Europa como uma região amedrontada e pré-falimentar.
Na última captação grega, o mercado cobrou do Tesouro grego juros superiores a de 7,0%, para adquirir suas obrigações pelo prazo de dez anos.
Acho que a os governantes europeus não entenderam. Com essas taxas, o orçamento da Grécia se comprometeu. O buraco está cada dia mais fundo e a quebra grega puxará outros países para o mesmo buraco.

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