Rumo a um crescimento asiático. Mas quando?
Crescimento econômico, expansão nos níveis de emprego, crescimento da renda, como decorrência dos aumentos de salário mínimo e, agora, dos aposentados deverão associar-se a uma oferta de crédito estruturalmente viciada e conduzir a os preços a uma alta generalizada. Em boa hora o COPOM se reunirá para subir a taxa Selic.Mas não deveria ignorar que o crédito ao consumo está potencializando a inflação. Seria necessário reduzir os prazos de financiamentos, consórcios e de parcelamentos nos cartões. Parcelas com valores mais elevados desestimulam o endividamento excessivo. Planos de capitalização deveriam ter suas rentabilidades estabelecidas e ampliadas em favor dos seus consumidores. A caderneta de poupança deveria ser objeto de remunerações mais altas sempre mediante o estabelecimento de prazos de resgates mínimos e significativamente amplos.
Bom também seria que o governo cuidasse de suas contas de forma ainda mais austera. Toda vez que amplia seus gastos, para compensar, se vê obrigado a aumentar a carga tributária. Essa combinação é muito cruel, no médio prazo. Maiores gastos pressionam a inflação, aumento de impostos penaliza a produção e o emprego.
Essas propostas ampliariam a poupança nacional, pública e privada. Sairíamos dos 21% de poupança sobre o PIB. Esses 21% nos fazem crescer apenas 3,0%. Que tal crescermos a 5%, apenas com a poupança interna? Seria para isso necessário poupar cerca de 25 % do PIB. Imaginem nosso crescimento adicionado do IED. Seria crescimento asiático, sem riscos inflacionários. Tudo para depois das eleições, naturalmente.
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