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sábado, 24 de abril de 2010

Sinergia é isso

Combinação errática de variáveis provocam aumento
dos gastos de brasileiros no exterior
Não se trata de um consumidor perdulário. Sua renda subiu em função da política distributivista do governo. Passou a consumir mais. Nas classes B,C e D as remunerações também subiram, impulsionadas pelo maior número de vagas e pela disputa pela mão-de-obra especializada. Aí começam as viagens ao exterior. O estímulo maior vem da apreciação da moeda nacional. Com os mesmos reais compram-se muito mais dólar e isso barateia a viagem. Para ajudar, a crise internacional reduziu os preços nos países desenvolvidos. Para manter o turismo em funcionamento, as promoções se multiplicaram no primeiro mundo. Hotéis e agências oferecem pacotes convidativos. Roupas, vestuários, eletrônicos, perfumaria e outros itens da cesta básica do turista nacional estão com preços interessantes. No Japão, o problema é a deflação. Os preços estão em queda. Finalmente, tudo parcelado em 10 vezes sem juros ou, se preferir, no cartão. E se ainda não estiver bom, há financiamentos a perder de vista.
O Brasil arrumou as malas e voou. Resultado do passeio: O gasto de brasileiros no exterior cresceu 74,23% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2009. Nossos turistas gastaram R$ 3,34 bilhões com viagens (incluído aí todas as bugigangas compradas) nos primeiros três meses. Em 2009 haviam sido mais comedidos. Apenas R$ 1,917 bilhão, de janeiro a março. No total, o ano passado, brasileiros gastaram R$ 10,898 bilhões no exterior. Esse ano, só nos três primeiros meses já gastamos 30% desse valor.
Elba Ramalho está gravando a nova música: festa no exterior.

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