Combinação errática de variáveis provocam aumento
dos gastos de brasileiros no exterior
Não se trata de um consumidor perdulário. Sua renda subiu em função da política distributivista do governo. Passou a consumir mais. Nas classes B,C e D as remunerações também subiram, impulsionadas pelo maior número de vagas e pela disputa pela mão-de-obra especializada. Aí começam as viagens ao exterior. O estímulo maior vem da apreciação da moeda nacional. Com os mesmos reais compram-se muito mais dólar e isso barateia a viagem. Para ajudar, a crise internacional reduziu os preços nos países desenvolvidos. Para manter o turismo em funcionamento, as promoções se multiplicaram no primeiro mundo. Hotéis e agências oferecem pacotes convidativos. Roupas, vestuários, eletrônicos, perfumaria e outros itens da cesta básica do turista nacional estão com preços interessantes. No Japão, o problema é a deflação. Os preços estão em queda. Finalmente, tudo parcelado em 10 vezes sem juros ou, se preferir, no cartão. E se ainda não estiver bom, há financiamentos a perder de vista.
O Brasil arrumou as malas e voou. Resultado do passeio: O gasto de brasileiros no exterior cresceu 74,23% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2009. Nossos turistas gastaram R$ 3,34 bilhões com viagens (incluído aí todas as bugigangas compradas) nos primeiros três meses. Em 2009 haviam sido mais comedidos. Apenas R$ 1,917 bilhão, de janeiro a março. No total, o ano passado, brasileiros gastaram R$ 10,898 bilhões no exterior. Esse ano, só nos três primeiros meses já gastamos 30% desse valor.
Elba Ramalho está gravando a nova música: festa no exterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário