Recuperar perdas é sempre difícil
e demorado
e demorado
O Ibovespa terminou fevereiro com alta
de 4,34%. Em janeiro, já havia registrado alta e ainda maior: 11,13%. Alcançamos,
no encerramento do segundo mês do ano, a impressionante marca de 65.811 pontos, refletindo o vigor do mercado nesse início de ano. A alta acumulada arranhou os 16%.
Foi uma recuperação grande e rápida. Ainda incapaz de repor todas as perdas acumuladas em 2012. Ficou devendo, em
relação aos últimos 12 meses, alguma coisa muito próxima dos 2,4%. Bolsa não é
negócio fácil e é por essas e outras razões que prefiro ser mais cauteloso: para
ganhar dinheiro nesse jogo é preciso comprar no momento em que os preços
estiverem baixos e esperar por um período que pode ser longo ou muito longo, até que as altas signifiquem lucros mais expressivos.
A causa maior dessa alta foi a entrada de
capitais externos. O saldo de recursos externos no primeiro mês do ano, na Bovespa, bateu os R$ 7,17 bilhões. No final de
fevereiro já havia recuado. Ficou na casa do R$ 6,10 bilhões. Os resultados só
não foram melhores em razão da interminável discussão sobre a dívida grega. A
dúvida estava entre o calote e o calote “chapa branca”. Deu o segundo, com as bênçãos
da comunidade européia, e tudo se pôs provisoriamente em sossego, dando fôlego para
novas especulações sobre a manutenção da tendência altista.
Foram € 130 bilhões, no pacote de ajuda
ao governo helênico e mais € 529,5 bilhões, dirigidos à 800 instituições financeiras na
Europa, pelo prazo de três anos. Sabe-se lá, agora, o que esses bancos vão fazer
com esse caminhão de dinheiro. Os receios dos analistas é justamente esse. Os
bancos podem injetar, pelo menos parte
desses recursos, na vida produtiva européia, fazendo empréstimos às empresas
ou, assustados, podem deixá-los depositados no BCE. Essa liquidez teve o
objetivo de socorro aos bancos e, subsidiariamente, de dar início à recuperação
da região. Por lá, a inflação pode recrudescer.
Por aqui,uma consequência, pelo menos, a presidente Dilma já antecipou e saiu em defesa da moeda nacional. Mexeu no IOF de capitais entrantes.
Por aqui,uma consequência, pelo menos, a presidente Dilma já antecipou e saiu em defesa da moeda nacional. Mexeu no IOF de capitais entrantes.
Por
outro lado, a Moody’s, vendo o jogo ganhar força, calçou a chuteira e entrou em
campo, rebaixando os ratings de um conjunto de países Europeus. São
destaques aí: Espanha, Itália e Portugal. Em seguida, atribuiu perspectivas
negativas às notas máximas “AAA” da França, do Reino Unido e da Áustria. Outra
vez chegou atrasada.
A situação desses países realmente não era boa, mas, com a desvalorização da moeda européia, as exportações ficarão mais competitivas e a tendência é de que esses países voltem às exportações e encontrem nelas, uma vertente de recuperação econômica. De fato, a Moody’s está atrasada, outra vez. Para completar o vexame, pôs em revisão 114 instituições financeiras, em 16 países, para um eventual e ameaçador rebaixamento. Justo agora que foram socorridas.
A situação desses países realmente não era boa, mas, com a desvalorização da moeda européia, as exportações ficarão mais competitivas e a tendência é de que esses países voltem às exportações e encontrem nelas, uma vertente de recuperação econômica. De fato, a Moody’s está atrasada, outra vez. Para completar o vexame, pôs em revisão 114 instituições financeiras, em 16 países, para um eventual e ameaçador rebaixamento. Justo agora que foram socorridas.
Na América do Norte temos a comemorar a
divulgação dos resultados sobre os pedidos de seguro-desemprego. Foram melhores
que os esperados. Por fim, tivemos a fala desanimadora do presidente do Fed, o sr.
Bernanke, dando conta que a economia do
país cresce em ritmo moderado, mas que ainda padece de alguma consistência.
O mês acabou e a primeira semana de
março, também.
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