Banner

Translate

domingo, 11 de março de 2012

A semana foi surpreendente

Indicadores sugerem o abandono
do gradualismo
Foi tudo muito rápido. Em poucos dias, os indicadores de inflação no Brasil mostraram-se tão bem comportados que o próprio governo ficou assustado. Os resultados, embora positivos, foram associados ao baixo nível da atividade econômica em 2011, queda da produção industrial e desaceleração dos volumes concedidos de crédito. Ficou evidente que o país caminhava para um quadro de natureza recessiva.
Em adição, a queda dos preços das commodities, resultante do esperado encolhimento da demanda mundial, tornou os efeitos desinflacionários do cenário mundial ainda mais preocupantes. Isso deve refletir-se nas contas externas e ter impactos não desprezíveis na oferta de empregos no país.
O Copom saiu a campo, surpreendendo o mercado e deixando entrever que as autoridades monetárias devem abandonar o gradualismo econômico.
Desonerações setoriais, novas medidas protecionistas e outras alterações nas regras cambiais estão sendo ventiladas de maneira explícita. No mercado já se fala em Selic de 8,0% ao ano.
Fica-me a impressão de que o governo “caiu na real”. O discurso sobre a "6ª economia do mundo" está dando lugar ao entendimento de que o Brasil vai ser atingido, finalmente, pela crise mundial e que novos rumos deverão ser ditados para essa nova fase.

Nenhum comentário:

Postar um comentário