Indicadores
sugerem o abandono
do gradualismo
Foi
tudo muito rápido. Em poucos dias, os indicadores de inflação no Brasil
mostraram-se tão bem comportados que o próprio governo ficou assustado.
Os resultados, embora positivos, foram associados ao baixo nível da atividade econômica
em 2011, queda da produção industrial e desaceleração dos volumes concedidos de
crédito. Ficou evidente que o país caminhava para um quadro de natureza
recessiva.
Em
adição, a queda dos preços das commodities, resultante do esperado encolhimento da demanda
mundial, tornou os efeitos desinflacionários do cenário mundial ainda mais
preocupantes. Isso deve refletir-se nas contas externas e ter impactos não
desprezíveis na oferta de empregos no país.
O
Copom saiu a campo, surpreendendo o mercado e deixando entrever que as
autoridades monetárias devem abandonar o gradualismo econômico.
Desonerações
setoriais, novas medidas protecionistas e outras alterações nas regras cambiais
estão sendo ventiladas de maneira explícita. No mercado já se fala em Selic de 8,0% ao ano.
Fica-me
a impressão de que o governo “caiu na real”. O discurso sobre a "6ª economia do
mundo" está dando lugar ao entendimento de que o Brasil vai ser atingido,
finalmente, pela crise mundial e que novos rumos deverão ser ditados para essa nova fase.
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