Sem vacilações, o
Copom agiu com vigor
A primeira notícia veio pelas mãos do Banco
Central. O IC-BR, índice de preço das commodities despencou em fevereiro no
país. A queda foi de 2,96% em relação ao mês anterior. A agricultura pagará o preço de sua ousadia crescente.
Em seguida, o IBGE registrou que a produção industrial brasileira caiu 2,1% em
janeiro, na comparação com dezembro/11. Nos últimos 12 meses, a produção apresentou
baixa de 0,2. Muito disso se veve ao câmbio.
Os sinais da excessiva redução da atividade econômica
brasileira estavam, a essa altura, muito claros. Vem, então, mais uma medida da
atual inflação, aumentando ainda mais o espaço para uma queda mais agressiva dos
juros básicos. O IGP-DI havia desacelerado de 0,30% em janeiro para 0,07% em
fevereiro. Uma nítida manifestação do recuo da demanda.
O Copom decidiu pela redução 0,75 pontos percentuais,
reinaugurando a Selic de um dígito apenas: 9,75% ao ano. A decisão mais agressiva não era esperada pelo mercado. Surpreendeu.
Com tudo isso, o novo desafio será o de ampliar a demanda
interna, sem se distanciar do centro da meta estabelecido para a inflação. A
renda terá que apresentar ganhos reais, o crédito precisará dar fôlego ao
consumo, o nível de emprego precisará crescer e, por outro lado, os custos de
produção não poderão ser pressionados, os estoques encalhados e as vendas
precisarão de novos financiamentos e os investimentos precisarão se ampliar.
Mesmo com os juros mais baixos, é necessário admitir:
complicou!
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