A
China vem avisando e
o Brasil vem torcendo
A
nova meta chinesa para o crescimento do país foi reduzida em 50 pontos
percentuais. Agora, a China crescerá seu PIB a uma nova velocidade: 7,5% ao ano.
Falta a ela mercado externo. A demanda mundial está anêmica, e mesmo sua
desvalorização cambial e seu baixo custo de mão de obra não viabilizam o mesmo
nível de vendas ao exterior, alcançado em passado recente.
Em
sucessivas postagens discutimos esse assunto, apontando os riscos de uma
dependência tão grande de um único mercado. Também enfatizamos os problemas
relativos às exportações de commodities
e alertamos para as consequências de uma eventual queda das importações pela
China, preocupados com a alta elasticidade-preço desses produtos.
A
ser verdade a redução anunciada, estamos diante desses fatos, de forma
concreta.
A
China tornou-se o principal comprador do Brasil, ultrapassando os Estados Unidos
e representa, no mundo, cerca de 60% das importações de minério de ferro e de
soja. Tem peso expressivo nas importações mundiais de petróleo de outras commodities industriais.
Qual
será a estratégia brasileira? Torcer? Vai torcer para que os preços não caiam muito
ou vai esperar por alguma identidade ideológica que privilegie os produtos
nacionais?
Com
baixo processamento desses produtos, sem marcas, sem a posse dos circuitos de
comercialização, sem design o que será dos produtos exportados brasileiros?
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