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terça-feira, 6 de março de 2012

Poderia ter sido evitado

A China vem avisando e
o Brasil vem torcendo
A nova meta chinesa para o crescimento do país foi reduzida em 50 pontos percentuais. Agora, a China crescerá seu PIB a uma nova velocidade: 7,5% ao ano. Falta a ela mercado externo. A demanda mundial está anêmica, e mesmo sua desvalorização cambial e seu baixo custo de mão de obra não viabilizam o mesmo nível de vendas ao exterior, alcançado em passado recente.
Em sucessivas postagens discutimos esse assunto, apontando os riscos de uma dependência tão grande de um único mercado. Também enfatizamos os problemas relativos às exportações de commodities e alertamos para as consequências de uma eventual queda das importações pela China, preocupados com a alta elasticidade-preço desses produtos.
A ser verdade a redução anunciada, estamos diante desses fatos, de forma concreta.
A China tornou-se o principal comprador do Brasil, ultrapassando os Estados Unidos e representa, no mundo, cerca de 60% das importações de minério de ferro e de soja. Tem peso expressivo nas importações mundiais de petróleo de outras commodities industriais.
Qual será a estratégia brasileira? Torcer? Vai torcer para que os preços não caiam muito ou vai esperar por alguma identidade ideológica que privilegie os produtos nacionais?
Com baixo processamento desses produtos, sem marcas, sem a posse dos circuitos de comercialização, sem design o que será dos produtos exportados brasileiros?

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