Nos
Estados Unidos, funcionários ignoram as políticas de segurança de suas
instituições. Será?
A
pesquisa, sob encomenda de clientes privados, foi realizada pela Harris
Interactive, nos Estados Unidos, via internet, no início desse ano. Foram 2.541
respondentes. Deles, 1.391 trabalham em período integral ou meio-período.
1) 54% dos
entrevistados declaram nem sempre seguir as políticas de segurança de TI das
suas empresas
2) 33% deles sequer
conhecem essas políticas
3) 21% colocam em
risco a segurança dos números de cartões de crédito dos clientes, relatórios
financeiros e documentos fiscais e de RH.
4) 51%, afirma que
copiou, digitalizou ou imprimiu informações confidenciais no trabalho.
5) 13% dos
funcionários dizem precisar, no local de trabalho, de uma senha ou um código de
acesso para liberar essas ações.
6) 54% entendem que os
computadores representam a maior ameaça à segurança da rede das suas empresas,
em comparação com outros dispositivos de TI.
7) 39% dizem que se preocupam pelo menos às vezes
com a preservação da segurança de informações confidenciais.
8) 86% se preocupam pelo menos um pouco com informações
pessoais.
9) 77%, com dados dos
clientes.
10)
77%,
com informações dos funcionários.
A ser verdade, estamos diante do caos.
Entretanto, quero questionar essa pesquisa. Estudos feitos por meio da internet
apresentam sempre resultados controversos e sua qualidade, à luz da metodologia
científica, sempre aparece comprometida: a amostra não é aleatória, os
controles sobre as respostas não são possíveis, não se tem certeza sobre quem
está do outro lado respondendo. Esses cuidados não são mais valorizados pelos
compradores de pesquisa. O custo é variável determinante da decisão de compra.
Agora
imagine se o comprador dessas informações resolver pelo desenvolvimento de um
produto ou serviço com base nesses resultados. Produtos novos apresentam,
tradicionalmente na prática de marketing, baixos índices de sucesso. Pelas mais
variadas razões, os lançamentos de produtos costumam fracassar. O marketing
desenvolve, para minimizar esse problema, um rico instrumental de pesquisas e
de metodologias de desenvolvimento de produtos para que a taxa de sucesso seja
cada vez maior. Até os softwares de gestão de conhecimentos são utilizados para
isso.
Fico
aqui pensando na loucura desses contratantes de pesquisa. O que já é difícil
vai ficar ainda mais complicado. Afinal, sem informações, erra-se muito, mas,
com informações erradas, erra-se muito mais.
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