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quinta-feira, 22 de março de 2012

Declaração infeliz. Ou, propositalmente, manipuladora?

Às vezes é melhor não falar
Declarações chinesas sobre a redução da compra de minério de ferro atemorizam os agentes econômicos do ocidente.
A China comprará menos minério de ferro? Se ela não investir nos setores de infraestrutura e imobiliário,  como fará para criar os 10 milhões de novos empregos que evitariam uma profunda crise social?
A China tem que fazer investimentos em setores com alto poder multiplicador, gerando o máximo de empregos possíveis, em 2012.
A declaração foi infeliz e parece querer manipular os preços das commodities industriais e petroquímicas. Lá, dirigente de estatal só  fala, se autorizado pelo estado. Então, por que diabos, o gajo falou?
Nos Estados Unidos, o temor despertado pela declaração infeliz somou-se aos dados de construção civil, inferiores ao esperado, para produzir a desconfiança dos investidores.
O Brasil foi na onda, sem nenhuma outra razão, senão o medo. A bolsa caiu e dólar subiu.
Antecipávamos ontem e aconteceu. A última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central da Inglaterra sinaliza para a preocupação com o crescimento da inflação, comprometendo a continuidade do programa de estímulo monetário. Liquidez é isso. Supera a recessão e estimula inflação.
Mas isso é problema para 2014.

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