A maior consciência sobre a necessidade de mudanças marcará a vida econômica
Dois
fatos essa semana vão dar conta de que será preciso buscar por alternativas
novas que favoreçam a sustentação do mercado interno: arrecadação e emprego. A demanda nacional
claramente perdeu vigor.
A
situação econômica ainda é boa. Ruins são perspectivas criadas pelo quadro
internacional. A liquidez excessiva, produzida, no primeiro instante, pelos Estados
Unidos e agora exponencializada pela
Europa, chegará ao Brasil.
A
figura de linguagem utilizada para descrever a chegada de dólares na economia
nacional, recorrendo ao tsunami japonês, embora apropriada, não deveria
incentivar a busca por medidas protecionistas que nos oponham à dinâmica do
comércio mundial.
Os
conflitos recém-protagonizados com Argentina, México e China, bem como os que
já integram a tradição diplomática brasileira com os Estados Unidos e União
Europeia, no setor agrícola, conturbam as iniciativas privadas de ampliação e
diversificação dos mercados internacionais.
Essa
semana, chegam diante de nós os dados do Caged, informando a criação de novos
empregos formais (carteira assinada, como é do agrado de alguns) e as
informações sobre a arrecadação federal do mês de fevereiro. Ambos deverão ser
decepcionantes. As autoridades se esforçarão por minimizá-los, atribuindo os
maus resultados a fatores sazonais. Não acreditem.
A
carga tributária sobre a produção é excessiva e o desestímulo a contratações é
ainda maior. Em algum momento vamos ter que nos deparar, como o primeiro mundo
o fêz, com a realidade dos fatos. Reformas na legislação trabalhista e na área tributária
são imposições do mundo moderno. Por que resistir?
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