Vamos retaliar?
O desenvolvimento nacional padece de uma boa política industrial. A eficácia dessa política pede, por sua vêz, que a ela se articulem, consistentemente, uma política comercial compatível com nossos acordos multilaterais, uma política tecnológica que dê suporte às iniciativas de aumento do fator agregado de nossos produtos, uma política de educação voltada às novas demandas do trabalho e ainda, no mínimo, uma política de natureza cultural.Tudo isso, na avaliação dos organismos internacionais, pode estar muito próximo do conceito de subsídio ou de dumping. Que tal se arrefecessemos a relevância de temas como esses? Seria mais produtivo se passássemos a mostrar a necessidade de combater as desigualdades e assimetrias do comércio exterior? Talvez isso possa abrir espaço maior, no plano interno, para crescer os estímulos governamentais às atividades de comércio exterior e beneficiar o processo de internacionalização da empresa nacional.
A ser verdade essa conjectura, pergunta-se: por que retaliar? Retaliação acirra os ânimos e promove resultados econômicos duvidosos para o país.
Queremos realmente nos rivalizar com o USA? Como passaremos a ser vistos pelos demais players do comércio mundial? Alguém mais que Chavez, Correa e Morales aplaudirão essa idéia? Isso recuperará nossa liderança na América Latina?
Ingenuidades à parte, estamos sendo, mesmo, inconsequentes.
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